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24/06/2025
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Após 11 dias de estabilização, Rio Negro volta a descer

O rio está na cota de 13 metros e 18 centímetros, e nos últimos dois dias vazou quatro centímetros, com médias diária de 2 cm negativos

Foto: Eliena Monteiro

O Rio Negro retornou a descer após 11 dias desde a estabilização, no dia 27 de outubro, data em que marcou 12 metros (m) e 70 centímetros (cm). Ao longo desses dias, a régua do Porto de Manaus registrou subidas com médias diárias de 6 cm, 7 cm e até 8 cm. Nesta quinta-feira (9) o rio está na cota de 13 metros e 18 centímetros, e nos últimos dois dias vazou quatro centímetros, com médias diária de 2 cm negativos. Em 2010, nesta mesma data a cota era 14 metros e 35 centímetros.

Esse fenômeno de descida das águas após dias de índices de crescimento é conhecido como repiquete. A pesquisadora em geociências do Serviço Geológico do Brasil – Companhia de Recursos Minerais (SGB – CPRM), Jussara Cury, explicou que na fase final da vazante essas oscilações no comportamento do rio podem ocorrer, uma vez que o volume de água que está chegando no rio
Negro advém das contribuições das regiões de cabeceira.

“O volume de água que está chegando na estação de Manaus é resultado das contribuições das regiões de cabeceira de duas semanas anteriores, como é o caso do alto Solimões, que registrou descidas nas semanas anteriores, na sequência, foi registrada descidas em Fonte Boa e no fim de semana em Itapéua (Coari) e no início da semana em Manacapuru”, explicou Cury.

Cury explica ainda que os igarapés também apresentam níveis baixos. “Podemos afirmar que o rio Solimões é um grande contribuinte do rio Negro aqui na região de Manaus, o que ocorre na calha do Solimões, de certa forma é repassado para a parte centro-sul da bacia. As chuvas de Manaus, abastecem as bacias do município, cujos igarapés também apresentam níveis baixos e depois desaguam no Negro, mas em termo de volume, representa uma contribuição muito pequena”.

Chuva nos Andes

A estação do rio Negro é influenciada pelo rio Solimões que dependem das chuvas oriundas da Cordilheira dos Andes na costa oeste da América do Sul. Com base em um gráfico disponibilizado pelo SGB-CPRM, com dados da Administração Oceânica e Atmosfera Nacional (NOOA), de previsões para a estação de Tabatinga (município distante 1.108 quilômetros em linha reta de Manaus) mostra um acumulado de 52.1 milímetros (mm) entre os dias 7 e 23 de novembro.

Para a pesquisadora em geociências as chuvas naquela região do estado podem promover a recuperação e conclusão da vazante. “Com o retorno do período de chuvas dos Andes, os rios que abastecem o Solimões na região de cabeceira, voltaram a subir e nos dois registros mais recentes, o rio Solimões apresentou subidas em Tabatinga, se esse comportamento se consolidar nas próximas semanas, teremos a recuperação dos níveis dos rios e a conclusão da vazante de 2023”, finalizou Jussara Cury.

 

*Fonte: A Crítica

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