A Central Única das Favelas (Cufa) Amazonas em parceria com a Aliança Empreendedora e a MasterCard, uniram forças para promover a inclusão digital de 500 mil empreendedores de favelas brasileiras.
Os cursos são gratuitos e com certificados, as inscrições são feitas na plataforma Tamo Junto.
Capacitação
O presidente da Cufa Amazonas, Alexey Ribeiro, explica que a Central Única das Favelas do Amazonas, tem como objetivo trazer à tona a singularidade dessas periferias, bem como demonstrar o grande potencial de desenvolvimento tecnológico que existe em Manaus.
“A marca da CUFA reconhece cada trabalhador do Distrito Industrial de Manaus como protagonista do desenvolvimento tecnológico do Amazonas e do Brasil, mostrando a importância do papel dessas pessoas no cenário tecnológico do país”, destacou Ribeiro.
Ribeiro detalha ainda que a ação tem o objetivo de trazer mais inclusão e diversidade para o setor tecnológico.
“A Cufa tem trabalhado para capacitar jovens e adultos das periferias de Manaus em áreas como programação, design e outras habilidades relacionadas à tecnologia. Dessa forma, a organização busca fomentar o desenvolvimento de talentos locais e ajudar a criar um ecossistema tecnológico mais inclusivo e representativo”, finalizou.
Favelas e Negócios
De acordo com uma nova pesquisa do Data Favela e Locomotiva, 41% dos 17,1 milhões de pessoas que vivem em favelas possuem um negócio. Seus principais desafios incluem acesso a capital e falta de habilidades e ferramentas para gestão financeira, estratégias de preços e marketing digital. Durante a pandemia de COVID-19, muitas dessas pequenas empresas fecharam ou tiveram suas receitas drasticamente reduzidas, uma vez que apenas 23% delas conseguiram transicionar para o online.
Embora esses dados evidenciem os desafios encontrados pelos pequenos negócios nas favelas, ainda há muito a se aprender sobre suas experiências no dia a dia. Um aspecto importante dessa iniciativa será a realização de uma pesquisa sobre as oportunidades e barreiras específicas enfrentadas por microempreendedores em favelas, o que permitirá que as ferramentas e serviços desenvolvidos pelo programa sejam projetados para atender às suas necessidades reais.
Os resultados da pesquisa serão compartilhados publicamente para aumentar a capacidade de outros atores de atender às necessidades dessa população.
*Fonte: Acrítica