Com a repercussão dos casos de Daniel Alves e Robinho, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que está em Londres atuando como chefe da delegação da Seleção brasileira, se manifestou sobre as asituações apesar da Confederabação Brasileira de Futebol (CBF) e jogadores do atual elenco continuarem calados.
“Ninguém fala nada, mas eu, como mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves. Isso é um tapa na cara de todas nós mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Acho importante eu me posicionar. Cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte”, disse Leila Pereira.
O Tribunal de Justiça de Barcelona concedeu liberdade provisória a Daniel Alves, condenado a 4 anos e 6 meses de prisão pela agressão sexual a uma jovem na discoteca Sutton, na madrugada de 31 de dezembro de 2022. A Justiça espanhola estipulou fiança de 1 milhão de euros para o ex-jogador deixar o centro penitenciário. A decisão ocorreu, segundo o jornal espanhol El Mundo, por maioria da Corte do Tribunal de Barcelona em voto privado.
Daniel também deverá ficar sem os passaportes, espanhol e brasileiro. Além disso, o brasileiro não pode sair da Espanha e deve comparecer semanalmente ao tribunal. Se sair da prisão, Daniel também estará proibido de se aproximar da vítima e não deve ficar a menos de 1 mil metros de distância da casa dela, do trabalho ou de qualquer outro lugar frequentado por ela. A comunicação por qualquer meio também está proibida.
Nesta última quarta-feira (20), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a sentença de nove anos de prisão por estupro coletivo a qual o jogador foi condenado na Itália. Pela decisão, o cumprimento da pena deve começar de imediato, em regime inicial fechado. O crime ocorreu em 2013 e o caso transitou em julgado na Justiça italiana, ou seja, não há mais possibilidade de recurso.
Por maioria, os ministros do STJ determinaram a prisão imediata de Robinho.
Daniel Alves defendeu a seleção brasileira e disputou as Copas de 2010, 2014 e 2022. Já Robinho atuou nos mundiais de 2006 e 2010. No Brasil, o ex-lateral atuou em Bahia e São Paulo, enquanto o ex-atacante passou teve três passagens pelo Santos e uma pelo Atlético-MG. Nenhum clube brasileiro se pronunciou sobre os casos.
*Fonte: D24am