O médico veterinário responsável pela clínica MaxVet, que não teve o nome divulgado, localizada no bairro Redenção, arrolado no inquérito policial da Operação Mandrágora, será ouvido nesta semana no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), segundo informações do delegado Cícero Túlio, responsável pela ação.
“Ele (médico veterinário) será interrogado o quanto antes”, disse o delegado Cícero Túlio.
Segundo o Ministério Público do Estado do Amazonas, a narrativa de uma testemunha, pai de uma das vítimas da “Seita: Pai, Mãe e Vida”, informou que o grupo criminoso estava adquirindo “ketamina” ou “cetamina” sem os devidos controles na clínica chamada MaxVet, situada na Rua Campo Grande, bairro Redenção, local em que supostamente se realizava a guarda e distribuição do anestésico sem a observância das exigências legais e retenção de receituário.
Na última sexta-feira (31), durante a Operação Mandrágora, policiais civis do 1º DIP realizaram uma busca e apreensão no estabelecimento.
A reportagem tentou contato com o responsável da clínica, no entanto, não obteve respostas sobre o assunto da venda de ketamina sem as exigências legais.
Nota
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas está atento aos últimos acontecimentos envolvendo a venda irregular de ketamina, assim como a comercialização de medicamentos de uso veterinário falsos.
A função do CRMV/AM é fiscalizar a atividade profissional de médicos veterinários e zootecnistas. Dessa maneira, o CRMV/AM, dentre outras funções, busca colaborar com os demais órgãos competentes nas atividades irregulares que envolvam os profissionais registrados e, nesse momento, se mobiliza para ajudar nas investigações.
A título de exemplo, houve recentemente uma operação que resultou na prisão de um homem que vendia remédios veterinários falsos. O caso aconteceu na última quarta-feira (29), em Manaus. As caixas dos medicamentos tinham a logomarca deste Conselho sem autorização, além de também conter informações inverídicas sobre lote, fabricante e até mesmo sobre orientações de uso. A investigação da polícia apontou que o produto chegou a ser distribuído no interior do Estado: em Manacapuru, Iranduba e Presidente Figueiredo.
O CRMV/AM se coloca sempre à disposição de toda a população para garantir o bom exercício da medicina veterinária.
O caso
Os empresários Cleusimar, Ademar Neto, e a gerente do salão Belle Femme, Verônica Seixas, foram presos na tarde de quinta-feira (30), por volta das 16h, na casa onde moravam, situada na Rua Guapiarçu, bairro Cidade Nova, zona Norte, em cumprimento a mandado de prisão preventiva, expedido durante o Plantão Criminal, na quarta-feira (29). O trio foi preso pela equipe policial do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) momentos antes de fugir. A ação foi realizada após a morte da empresária e ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, de 32 anos.
A maquiadora Claudiele da Silva, de 33 anos, acompanhada do advogado Kevin Telles, se entregou à polícia de forma espontânea na noite de quinta-feira (30) no 1º DIP. O maquiador e cabeleireiro, Marlisson Vasconcelos Dantas, de 29 anos, era considerado foragido da Justiça, no entanto, de maneira voluntária acompanhado do advogado, se entregou no 1º DIP na sexta-feira (31). O quinteto foi indiciado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.
Além desses crimes, o grupo deve responder por colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem o consentimento da gestante, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal. Ademar foi indiciado também pelo crime de estupro.
*Fonte: Acrítica