A Associação dos Profissionais de Educação Física e Atividade Motora (Apefam) declarou nesta última terça-feira (4), por meio das redes sociais, que o coach Hatus Moraes Silveira, que atuava como personal trainer da empresária Djidja Cardoso, 32 anos, não possui formação em Educação Física e, logo, não possui registro junto ao Conselho Federal de Educação Física (Confef). Hatus compareceu mais cedo no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP) para ser ouvido pela autoridade policial como testemunha do Caso Djidja.
“Informamos que o Sr. Hatus Silveira não possui formação em Educação Física, requisito indispensável para o exercício da profissão de personal trainer. Para confirmar a veracidade dessa informação, basta acessar o site do Conselho Federal de Educação Física (Confef) e realizar uma pesquisa pelo nome ‘Hatus Silveira’. O nome dele não será encontrado no registro, comprovando que ele não é qualificado para atuar como personal trainer e, portanto, não pode exercer a profissão sem a devida formação acadêmica”, informou a Apefam.

A própria Djidja Cardoso deixou um comentário na rede social de Hatus no qual pontua que ele não possui formação. Ela ainda acrescenta que ele “some com dinheiro de clientes”. “Apesar de não ter diplomas, eu sei que ele sabe muitooo e até mais dos que têm formação. Só não gosto que ele recebe o dinheiro do cliente e não responde mais. Só issooo e por esse motivo não quero que ele use minhas imagens, pois a pessoa cria confiança”, escreveu a empresária em dezembro de 2022.
Depoimentos
Na tarde dessa segunda-feira (3), o ex-namorado de Djidja, o atleta Bruno Roberto Lima, 31 anos, compareceu no 1° DIP e prestou depoimento ao titular da unidade policial, Cícero Túlio, responsável pelas investigações da Operação Mandrágora, que culminou nas prisões preventivas de Cleusimar Cardoso, 53 anos, e Ademar Cardoso Neto, 29 anos, mãe e irmão da empresária.
Bruno saiu da delegacia sem falar com a imprensa após permanecer por 1h40 dentro da unidade policial. O delegado informou que o atleta repassou informações que corroboram as investigações acerca da seita “Pai, Mãe, Vida”, liderada por Ademar Neto, Cleusimar e Djidja. A gerente do salão Belle Femme, Verônica da Costa Seixas, 31 anos, e os maquiadores Claudiele Santos da Silva, 33 anos, e Marlisson Vasconcelos Dantas, 29 anos, também foram presos preventivamente.
Os cinco estão presos nos Centros de Detenção Provisória Masculino e Feminino (CDPM e CDPF), localizado no KM 8 da BR-174. Eles foram indiciados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. Ademar Neto também foi indiciado por estupro. Além desses crimes, o grupo deve responder por colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem o consentimento da gestante, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.