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31/05/2025
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Amazonas vai contar com mais de R$500 milhões para dragagem dos rios Amazonas e Solimões

Valores serão investidos nos próximos cinco anos para garantir navegação na região.

Foto: Reprodução

O governo do Amazonas e membros da bancada federal amazonense comemoraram a assinatura dos editais para contratação do serviço de dragagem em quatro trechos dos rios Amazonas e Solimões. No total, serão investidos mais de R$500 milhões para mitigar os efeitos da forte estiagem prevista para o período do verão amazônico.

O governador Wilson Lima (União) participou da cerimônia de forma remota. Durante sua fala, ele agradeceu a ajuda do governo federal e lembrou que este ano o trabalho foi antecipado em meses, o que pode amenizar os efeitos da seca.

“A gente vai precisar muito dessa ajuda da dragagem. Eu quero louvar a iniciativa de antecipar essas ações pois elas chegam em boa hora. Eu espero que a gente possa ter o menor impacto possível nesse período”, afirmou.

O senador Eduardo Braga (MDB), em pronunciamento no Senado Federal, comemorou a publicação dos editais de licitação e considerou a medida “importantíssima diante da possibilidade de nós termos novamente, este ano, uma estiagem de proporções históricas no Amazonas”.

“Torcemos para que ela não aconteça, torcemos para que o ritmo hidrológico possa não ser tão intenso na estiagem e que a gente possa não passar pelos problemas que passamos no ano passado. Já não basta o que está acontecendo no Rio Grande do Sul, ainda temos que enfrentar os diversos problemas que uma estiagem pode trazer”, disse.

Participante do evento, o deputado federal Sidney Leite (PSD) destacou em suas redes sociais a importância do serviço de dragagem “para manter a navegabilidade de rios, canais e portos. Ela envolve a remoção de sedimentos, detritos e materiais indesejados do leito da via navegável. Esses sedimentos podem incluir areia, lama, pedras e outros resíduos que se acumulam ao longo do tempo”.

O deputado elencou os impactos de cada um dos trechos que serão dragados nos próximos meses. No trecho Manaus-Itacoatiara, a dragagem permitirá que as embarcações com contêineres cheios de insumos acessem a Zona Franca de Manaus. No trecho Coari-Codajás, a dragagem é essencial para manter o transporte de combustíveis no estado do Amazonas.

Nos trechos de Benjamin Constant-Tabatinga e Benjamin Constant-São Paulo de Olivença, Sidney destaca que a “dragagem visa melhorar a navegação local e social. Isso permitirá que a população desses municípios se locomova com mais segurança e facilidade”.

Valores

O edital garante o início imediato dos trabalhos nos trechos Manaus-Itacoatiara, Coari-Codajás, Benjamin Constant-Tabatinga e Benjamin-Constant-São Paulo de Olivença. O valor investido garante a realização dos trabalhos nos próximos cinco anos.

Segundo o documento, o maior valor será investido no trecho Tabatinga-Benjamin Constant, com R$ 139.865.466,12 para a execução de serviços de dragagem no canal de navegação do rio Solimões entre os municípios. O segundo maior investimento ocorrerá entre os municípios de Coari e Codajás: R$ 129.134.755,58. Os serviços serão executados no trecho do Paraná do Abacate entre as ilhas de Juçara e do Trocari.

Os trechos críticos entre Manaus e Itacoatiara receberão R$ 118.908.085,93 para dragagem no canal de navegação do rio Amazonas. Segundo o edital, foram considerados como trechos críticos a Passagem do Tabocal e a Foz do Madeira. Enquanto isso, o trecho entre Benjamin Constant e São Paulo de Olivença receberá R$ 112.345.648,96 para dragagem no canal de navegação do Solimões.

Em entrevista, o ministro dos Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho (Republicanos) destacou que “todo o processo de dragagem será feito para que o setor produtivo, a população, possa fazer a navegação pelos rios que são tão importantes para a mobilidade urbana da Amazônia, para escoamento da produção, para as pessoas poderem se locomover”.

A abertura das propostas está prevista para ocorrer neste mês de julho, enquanto a contratação e previsão do início da obra fica para agosto de 2024.

*Fonte: Acrítica

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