Segundo a investigação, a família de Djidja criou o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado da droga sintética cetamina, de uso humano e veterinário, que causa alucinações e dependência.
A decisão, assinada na quinta-feira (22), é do juiz Celso de Paula, titular da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute). No documento, o juiz afirmou não ter identificado motivação que justificasse a revogação da prisão de Ademar.
“Outrossim, atesto que o feito está tramitando eficientemente e celeremente, na medida da complexidade e peculiaridades da causa, respeitando-se os ditames dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, não havendo desídia deste Juízo em proceder com o andamento processual”, diz a decisão.
No documento também é informado que o Ministério Público tinha dado parecer favorável a soltura de Ademar Cardoso para que pudesse responder o processo em liberdade, isto, com algumas restrições. Entre elas, não sair da cidade e não se comunicar com os envolvidos no caso.
Quem se tornou réu
A Justiça do Amazonas aceitou a denúncia, no dia 26 de julho, do Ministério Público (MP) contra a mãe de Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso, o irmão dela, Ademar Cardoso, e o ex-namorado dela, Bruno Roberto da Silva, por tráfico de drogas, tornando-os réus. Outras sete pessoas também foram denunciadas pelo crime.
Ainda conforme o promotor, Ademar e a mãe impediram que a família de uma outra ex-namorada dele, que também ficou viciada na substância, conseguisse resgatá-la da casa onde ela morava com o indiciado.
“Eles dificultaram ao máximo que os pais da mãe do filho dele, sabendo que a mesma estava envolvida com uso de substância entorpecente, pudessem resgata-la para dispender os cuidados necessários ao restabelecimento de sua saúde”.