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TCE enviará dois auditores para ajustar transparência na Aleam

A presidente do tribunal disse que a presença dos auditores será educativa.

Foto: Emile de Souza

A presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE), Yara Lins, informou a reportagem que dois auditores realizarão auditorias educativas sobre transparência na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A Aleam ocupa a 6ª pior posição em transparência entre as Casas Legislativas do Brasil. A declaração foi feita nesta segunda-feira (9), após a cerimônia de premiação do Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP).

“Serão enviados dois auditores para a assembleia para que eles possam fazer toda a explicação, orientação pedagógica, e para que a assembleia venha cumprir a legislação, igual aos Tribunais de Contas do Brasil, que é a Atricon, Associação dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Brasil. Para que possa alcançar a medalha e ter um trabalho eficiente, a assembleia precisa da Escola de Contas e receber orientação para que possa cumprir o regimento interno da Atricon e se insira na placa ouro ou diamante”, informou a presidente Yara Lins.

 

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) ocupa o 6º lugar no ranking de pior transparência das 27 Casas Legislativas do Brasil, avaliada como “ruim” no Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP).

O ITGP é feito pela Transparência Internacional, que mapeia os dados de transparência divulgados pelos poderes públicos, com uma avaliação de 0 a 100 em cada critério e disponibiliza uma média entre os critérios.

A avaliação da Aleam no ITGP é dividida nos setores de: marcos legais, plataformas, governança, transparência legislativa, transparência administrativa, comunicação, participação e engajamento e transformação digital. A Casa ficou com 27 pontos geral e só obteve boa avaliação em comunicação, com 72.2 (de 0 a 100), todos os outros setores estão abaixo de 45 pontos. A Casa zerou a pontuação em marcos legais, que é previsto na Constituição Federal como o direito de receber informações particulares ou de uso coletivo.

A presidente Yara Lins foi questionada pela reportagem, após a premiação desta segunda-feira, sobre a posição negativa da Aleam nos índices de transparência, bem como a não divulgação da folha de pagamento nominal dos servidores. Yara Lins disse a reportagem que a Aleam deve se adequar à Escola de Contas e frequentar os cursos de transparência.

“O Tribunal de Contas faz papel constitucional e, com isso, faz com que, em caráter pedagógico, todos os órgãos sejam completamente responsáveis com essa transparência, para que possamos ter um trabalho efetivamente de responsabilidade com o estado”.

O TCE conquistou a categoria diamante em transparência. Questionada sobre a necessidade de a Aleam se enquadrar nos mesmos parâmetros, a conselheira disse que é um trabalho contínuo e que o foco é executivo e legislativo dentro da lei de transparência.

“É uma questão de foco, de determinação, que não é fácil, mas você coloca uma equipe comprometida com o trabalho e, aí, faz com que aconteça a transparência e o trabalho transparente. Todo o comprometimento vem à tona para que possamos ter um executivo e legislativo dentro da lei”, destacou.

As instituições premiadas como Diamante em transparência foram: Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-

AM), Governo do Estado do Amazonas, Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Câmara Municipal de Parintins, Defensoria Pública (DPE-AM) e Ministério Público (MP-AM). Já a categoria ouro, somente a Prefeitura de Manaus foi contemplada.

Em seu discurso no evento, a presidente ressaltou se sentir honrada em realizar a cerimônia, que é uma forma de mostrar a importância da transparência no serviço público.

“Marca o reconhecimento do papel essencial da transparência como pilar da democracia, ferramenta indispensável para o aprimoramento das administrações públicas. Hoje celebramos a conquista de instituições que se destacaram na transparência, garantindo à sociedade acesso a informações que promovem a cidadania e reforçam a confiança entre os gestores públicos e a população”, destacou.

 

Yara Lins afirmou que investir na ética no setor público “não apenas fortalece a governança, mas também promove uma sociedade mais participativa e bem informada”.

*Fonte: Acrítica

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