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26/02/2025
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Política

Governo e Prefeitura criam comissão de combate à cobrança irregular de estacionamento

Arena da Amazônia, Centro de Convenções Vasco Vasques, Arena Amadeu Teixeira e Sambódromo são os primeiros locais onde a prática será combatida.

Foto: Arquivo AC

O Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus criaram nesta quarta-feira (29) uma comissão para acabar com “quadrilhas” de cobrança irregular para estacionamento de veículos particulares na capital. Arena da Amazônia, Centro de Convenções Vasco Vasques, Arena Amadeu Teixeira e Sambódromo são os primeiros locais onde a prática será combatida.

A comissão foi formada com a participação de diversos órgãos para definir as principais ações no combate ao crime, os executivos estadual e municipal serão os gerentes; a Câmara Municipal vai atuar com a sugestão de leis que possam ajudar nas atividades e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) vai propor as melhores condições jurídicas aplicáveis. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC) junto com a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg) vão atuar em condições de apoio.

O quadrante que envolve a Arena da Amazônia, Arena Amadeu Teixeira, Centro de Convenções Vasco Vasques e o Sambódromo é o primeiro a receber a intervenção. O secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP), Coronel Marcos Vinícius de Almeida, explicou que ele foi escolhido porque pertencente ao Estado, concentra os maiores eventos da cidade e também os principais casos que motivavam a criação da comissão. O “estopim” foi a denúncia protocolada à SSP pelo vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) durante o jogo Vasco x Madureira, último dia 23. Os criminosos cobravam antecipadamente R$ 50 para liberar o espaço publico no entorno da Arena da Amazônia para estacionamento

“A Polícia Civil vai ampliar a equipe da Delegacia Geral para que o cidadão possa identificar quem estava o extorquindo; iremos chamar os organizadores de eventos privados nesses ambientes para construir uma solução para que tenha o abrigo desses carros”, explicou o secretário.

Outras duas áreas que vão receber  intervenções já foram mapeadas e são de conhecimento da comissão: o centro e o Complexo Turístico da Ponta Negra. Nesses ambientes, quem vai atuar é a Prefeitura, através da Guarda Municipal (GM). O titular da Semeg, Alberto Siqueira Neto, explicou que estuda a possibilidade de levar o Zona Azul (cobrança privada para estacionamento) para a Ponta Negra, mas inicialmente o reforço da segurança é prioridade através dos agentes municipais, o efetivo da GM atualmente é de 325 componentes, mais 230 serão nomeados amanhã, dia 30.

“Em relação a Ponta Negra, vou sentar hoje com a Ageman e o pessoal que faz a Faixa Liberada para ver qual é a melhor alternativa, mas a primeira coisa que vai ser feita é o aumento da força de segurança, principalmente na parte em que as pessoas estacionam”, disse.

Combate ao crime 

A comissão destacou que todos os esforços executados serão para coibir práticas criminosas, como a extorsão e cobranças abusivas, mas deixou bem explícito que o alvo das ações não será criminalizar o grupo de “flanelinhas” que pedem (e não exigem) algum valor mínimo para “olhar” o carro. As autoridades entendem que essas pessoas estão em situação de vulnerabilidade e, em geral, não apresentam riscos para a segurança de condutores ou para a integridade dos veículos.

“Não será um caça às bruxas, é preciso diferenciar o que é aquela pessoa simples, de baixa renda, que está buscando uma forma de subsistência e o que é a atividade organizada que se tornou criminosa no entorno da Arena da Amazônia”, disse o vereador Rodrigo Guedes.

O titular da SSP também destacou que já iniciou, junto à Inteligência do Estado, os processos para identificar quais as pessoas responsáveis por criar e fomentar uma quadrilha de extorsão e cobrança abusiva no quadrante da Arena da Amazônia, não se descarta tanto o envolvimento de agentes públicos quanto o de facções criminosas.

“Temos demonstrado ao longo de mais um ano na gestão da SSP que, se tiver errado e for funcionário público, vai pagar pelo erro; a investigação está em aberto, a inteligência está trabalhando e logo vamos ter um resultado sobre esse ponto”, disse o Coronel Marcos Vinícius de Almeida.

*Fonte: Acrítica

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