Portal Castello Connection
Mundo

Entenda por que o governo chinês iniciou uma investigação contra o Google

País asiático anunciou nesta terça-feira (4) que big tech é suspeita de violar leis antimonopólio; medida ocorre em meio a tensão comercial com EUA.

Foto: Divulgação/Xinhua

A China disse nesta terça-feira (4) que iniciou uma investigação contra o Google por suspeita de violação de leis antimonopólio. O anúncio foi feito minutos depois de entrarem em vigor as tarifas do presidente Donald Trump sobre as importações chinesas.

O país asiático também informou que incluiria a PVH Corp, holding de marcas como Calvin Klein, e a empresa de biotecnologia americana ilumina em sua “lista de entidades não confiáveis”, o que imporia sanções sobre essas companhias.

“Como o Google é suspeito de violar a Lei Antitruste da República Popular da China, a Administração Estatal de Regulamentação de Mercado iniciou uma investigação de acordo com a lei”, diz o comunicado do governo chinês, que não dá detalhes sobre a ação.

Especialistas acreditam que a investigação seja sobre o sistema operacional Android. Praticamente todas as marcas de smartphones, exceto Apple e Huawei, dependem do sistema, que pertence ao Google, o que poderia configurar abuso de posição dominante no mercado.

A big tech norte-americana já foi acusada de violar regulamentações antimonopólio em outros países no passado, como Coreia do Sul, Turquia, Índia, Rússia e outros da União Europeia.

Não está claro como a investigação afetará as operações do Google, que não se manifestou sobre o assunto até o momento.

Relação conturbada

A China e o Google têm uma relação complexa desde os anos 2000. A empresa lançou seu mecanismo de busca em chinês, o google.cn, em 2006, ao adaptar o serviço às regras de censura do governo de Pequim.

Quatro anos mais tarde, no entanto, a big tech decidiu encerrar as operações de busca no país. A empresa alegou ataques cibernéticos e recusas às exigências de censura do governo chinês.

Desde então, todos os usuários do Google na China são redirecionados para o site em Hong Kong. O governo chinês também bloqueou, na mesma época, outros serviços da empresa, como o Gmail e o Chrome — plataformas de mídia social, como Facebook e Instagram, também são bloqueadas no país.

Hoje, a companhia tem uma presença limitada no país, com escritórios em Pequim, Xangai e Shenzhen que atuam principalmente em vendas e engenharia de publicidade.

Guerra comercial

Em represália às taxações de Trump, anunciadas na última sexta-feira (31), a China também anunciou nesta terça a imposição de novas tarifas sobre importações dos Estados Unidos. A medida entra em vigor a partir da próxima segunda-feira (10).

As tarifas adicionais de 10% sobre todas as importações chinesas para os EUA entraram em vigor nesta terça, depois de Trump acusar Pequim de não tomar medidas suficientes para conter o fluxo de drogas ilícitas para o território norte-americano.

Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou a imposição de tarifas de 15% sobre o carvão e o Gás Natural Liquefeito (GNL) provenientes dos EUA e de 10% sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.

Na segunda-feira (3), Trump advertiu que poderia ampliar ainda mais as tarifas contra a China caso o governo chinês não tomasse medidas para conter o envio de fentanil, um opioide altamente letal, para os EUA. Em resposta, Pequim declarou que a questão do fentanil é um problema interno dos norte-americanos.

*Fonte: D24am

Relacionados

Papa Francisco apresenta melhora após quadro de pneumonia

Redação

VÍDEO: avião fica de cabeça para baixo após acidente durante pouso

Redação

Policial fantasiado de capivara prende traficante, no Peru

Redação

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Leia mais