O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), advertiu o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a constatação de omissões, contradições e falsidades na sua colaboração premiada.
Moraes enfatizou que a efetividade da colaboração não pode ser comprometida por tais falhas. Durante a audiência, o ministro afirmou que, devido a essas inconsistências, a Polícia Federal havia encaminhado um relatório detalhado, o que levou à solicitação de parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recomendou a prisão preventiva de Cid, caso ele continuasse a omitir informações relevantes.
Ao longo da sessão, Moraes destacou que a colaboração de Cid deveria ser feita de maneira íntegra, sem omissões ou contradições, e que o militar tinha a obrigação de fornecer as informações de forma transparente, sem se limitar a responder apenas ao que fosse perguntado.
O ministro também observou que o ex-ajudante de ordens reafirmou o seu interesse em colaborar de maneira voluntária e sem qualquer pressão externa.
Nos depoimentos, Cid relatou a existência de um grupo de pessoas, denominado “radicais”, que tentou convencer o então presidente Bolsonaro a executar um golpe de Estado.
O ex-ajudante de ordens descreveu, ainda, reuniões em novembro de 2022, nas quais o ex-assessor internacional Felipe Martins apresentou um documento com considerações sobre a interferência do Judiciário sobre o Executivo, culminando em um decreto que visava a prisão de diversas pessoas.
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*Fonte: D24am