Parte do terreno de uma casa desbarrancou durante a madrugada desta terça-feira (18) na Cidade Nova, zona norte de Manaus. Moradores dizem que o problema persiste há 5 anos. A Prefeitura da capital se comprometeu em iniciar obras emergenciais ainda nesta semana.
O terreno pertence à família do autônomo Fábio Melo, ele informou que isolou a parte que foi atingida porque há crianças na casa e teme que novos desbarrancamentos possam acontecer nos próximos dias. Além do solo, fragmentos do muro que foi construído para evitar que pedestres ficassem na zona de perigo também caíram ao longo da madrugada.
“É uma situação desesperadora pra gente, nós temos três filhos, são três crianças que moram aqui nesta casa e a gente não usa mais esse lado aqui, mas a gente fica desesperado porque não vê nenhuma ação sendo tomada de fato”, disse.
A rua Conde, no núcleo 23 do bairro, termina em um penhasco que vem aumentando há meia década, segundo moradores como o autônomo Mário Brito. A casa onde ele vive com a esposa fica ao lado de uma igreja abandonada porque há risco de que toda a construção seja “engolida” pelo barranco.
“A prefeitura fez uma notificação dizendo que eu tinha invadido área verde, mas provei, através de documentação, que eu nunca invadi, que pago IPTU desta área a esse tempo que moro aqui; o negócio está feio aqui, cada dia tá mais feio”, comentou.
Como a denúncia é antiga, em uma das primeiras respostas da Prefeitura de Manaus neste ano, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), foi informado que os estudos topográficos seriam iniciados para o levantamento das medidas que deveriam ser tomadas. Já nesta terça, a pasta atualizou as informações e disse que há uma emenda parlamentar do senador Eduardo Braga (MDB) destinada para as obras de contenção; mas que está em processo de aprovação.
Enquanto isso, os estudos hidrográficos são realizados e indicaram que a medida emergencial é uma obra de desvio da rede de drenagem para minimizar os impactos. Essa obra deve ser iniciada ainda durante esta semana, segundo a Seminf. Uma escavadeira já está no local e a empresa terceirizada contratada para o serviço aguarda a chegada de materiais para dar início ao desvio.
*Fonte: Acrítica