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18/03/2025
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Aprovados no Concurso da CMM entrarão na Justiça contra anulação total do certame

Os candidatos criaram uma comissão para recorrer à decisão dos vereadores de Manaus.

Foto: Daniel Brandão

A Comissão dos Aprovados no concurso da Câmara Municipal de Manaus (CMM) informou que entrará na Justiça após a decisão da Casa em anular totalmente o certame. O anúncio de cancelamento foi feito pelo presidente da CMM, David Reis (Avante), na sexta-feira (14), depois de uma audiência com o Ministério Público do Amazonas (MPAM) e 24 vereadores.

A anulação foi oficializada no mesmo dia de anúncio, 14 março, no Diário Oficial da CMM. A medida foi assinada pelo presidente da Casa.

Em nota, a comissão afirmou que a anulação é inconstitucional, por ter afetado cargos que não estavam envolvidos na denúncia do MPAM.

“O ato de anulação total afrontou pelo menos dez leis diferentes, além da Constituição Federal, e que os aprovados nos certames de edital 001 dos técnicos e edital 002 (analista e demais cargos de ensino superior), que, repise-se, foram realizados de modo totalmente autônomo e independente do certame de procurador (edital 003), inclusive em datas diversas, recorreram ao Poder Judiciário para se fazer valer os dispositivos legais desrespeitado”, diz a nota.

Os aprovados ressaltam, ainda, que a decisão afeta 31 pessoas com deficiência aprovadas nos certames de nível superior e 22 no nível técnico.

 “A viabilização da nomeação destas 53 pessoas com deficiência, dentre estas havendo, inclusive, portadoras do Transtorno do Espectro Autistas (TEA). Não é apenas questão de direito individual, mas também é sobretudo questão de interesse público e social”.

”Vereadores se deram por convencidos”

Na sexta-feira, o presidente David Reis disse que na audiência com o MPAM os vereadores “se deram por convencido com os fatos apresentados” sobre as possíveis ilegalidades do certame.

O promotor Armando Gurgel Maia disse durante coletiva que a anulação total da prova foi recomendada após muitas irregularidades e pela ausência de publicação da dispensa da contratação da organizadora do concurso (Instituto Acesso) direta no Portal Nacional.

Após essa aceitação dos vereadores aos apontamentos feitos pelo MPAM, o assunto voltou a ser falado na CMM, pelos vereadores Zé Ricardo (PT) e Rodrigo Guedes (PP). Zé Ricardo questionou de quem é a responsabilidade e os prejuízos gerados pelo cancelamento.

“Eu não sei se esta decisão teria que passar pela Câmara ou pelo plenário ou é uma decisão da Mesa Diretora. Me parece que é mais da Mesa Diretora, da presidência, uma questão administrativa, em relação a definição de fazer concurso, contratação de empresa para organizar o processo. Aí vem uma pergunta que muitas pessoas estão questionando, como fica a situação de todos os que fizeram o concurso, que gastaram, dos que passaram e pagando pra se inscrever?”, disse o vereador.

O parlamentar criticou ainda a falta de transparência e de não saberem a quem será responsabilizado. “De quem é a responsabilidade no final, se foi cancelado por denúncia de fraudes. Quem é responsável é a atual mesa diretora ou a anterior? no final, como vai ficar esse custo? esse gasto, que o poder público também teve”.

O vereador Rodrigo Guedes disse que foi procurado por candidatos e que deixou claro não concordar com a decisão, pois deve ter uma investigação se, de fato, houve fraude.

“Existe uma discussão se os vícios apresentados macularam todo o certame. Aí tem as questões incidentes, se houve uma denúncia ou suspeita de fraude, vai ter investigação sobre quem supostamente fraudou ou vai botar debaixo do tapete? porque se botar debaixo do tapete, deixa claro que a intenção era cancelar o concurso para economizar”, disse.

Guedes disse que esteve presente na reunião e que apesar de dizer que fará o concurso em 6 meses, por determinação do MPAM, David Reis teria alegado falta de orçamento para o chamamento. “Reforço que foi dito lá pelo presidente da casa e demais vereadores, a questão orçamentária. Eu discordo de que não há orçamento para chamar esses aprovados e outros”.

*Fonte: Acrítica

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