Dois deles, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) e a deputada estadual Débora Menezes (PL), chegaram a participar da manifestação convocada pelo ex-mandatário em Copacabana, no Rio de Janeiro, a qual atraiu pouco mais de 18 mil pessoas, segundo estatísticos da Universidade de São Paulo (USP).
No Instagram, Alberto Neto vem publicando posicionamentos desde a terça-feira (25), quando o julgamento iniciou no STF. Após a decisão da primeira turma, o parlamentar compartilhou uma matéria e escreveu que se tratava “da maior perseguição político-judicial da história do Brasil, motivada por inconfessáveis desejos”.
O Deputado fez ainda mais três publicações em uma sequência curta de tempo. A primeira é uma fala do ministro Luiz Fux, que defendeu a revisão da pena de uma mulher chamada Débora, a qual participou dos acampamentos que pediam intervenção militar, da invasão à Praça dos Três Poderes – de acordo com o processo – e foi fotografada pichando a estátua da Justiça com um batom.
Depois, uma transmissão ao vivo de Bolsonaro reagindo à denúncia, onde o ex-presidente voltou a defender o voto impresso e disse ter sido prejudicado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por fim, Alberto Neto publicou uma foto ao lado do ex-presidente e disse que “lealdade se fortalece na adversidade”.
Já Débora Menezes disse que as acusações contra o ex-presidente eram infundadas e que eram “pura narrativa”. A deputada comparou a situação de Bolsonaro com a do ex-presidente Lula, na época de sua prisão em meio à Operação Lava Jato, afirmando que ele havia se escondido em um sindicato “cercado de militantes”, embora tenha se entregado logo em seguida.
A filha de Coronel Menezes também publicou um vídeo criticando o suposto “uso político do Judiciário contra quem ousa enfrentar o sistema” e escreveu que “Bolsonaro não cometeu nenhum crime”.
“Agora a gente fica pensando, por que Bolsonaro virou réu? Por causa de corrupção? Por causa de dinheiro na cueca? Por enviar milhões para o exterior? Não, por uma ‘tentativa de golpe de estado’. Toda essa rapidez, essa celeridade de Alexandre de Moraes só tem uma explicação: eles querem prender o Bolsonaro para tirar ele de vez da disputa de 2026”, disse.
Os vereadores de Manaus Capitão Carpê (PL) e Coronel Rosses (PL) também usaram as redes sociais para criticar a decisão do STF. Em uma postagem, Carpê afirma que o ex-presidente não teve “direito da ampla defesa” e que é perseguido “pelo sistema”. Já Coronel Rosses se limitou a chamar o caso de “perseguição”.
Sem anistia
Dentre os críticos de Bolsonaro, o vereador Zé Ricardo (PT) publicou sobre o caso na rede social X, pedindo “prisão para os golpistas”.
“O STF aceitou as denúncias por tentativa de golpe de estado e aponta ele [Bolsonaro] como líder de uma organização criminosa. Vários militares também vão ser julgados. Queria matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Prisão para os golpistas. Sem anistia”, publicou.