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03/04/2025
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Adanilo e Francis Madson lançam seus livros no Festival de Teatro de Curitiba

“Dramaturgia Galerosa”, de Adanilo, e, “Tetralogia da Família”, de Francis Madson serão apresentadas nesta quinta-feira (3/4), das 14h às 16h, na livraria do Sesc Paço da Liberdade, no Centro de Curitiba (PR).

Fotos: Divulgação

O cenário da dramaturgia brasileira contemporânea ganha novos contornos com o lançamento dos livros “Dramaturgia Galerosa”, de Adanilo, e, “Tetralogia da Família”, de Francis Madson, obras que serão apresentadas no Festival de Teatro de Curitiba, nesta quinta-feira (3/4), das 14h às 16h, na Livraria do Sesc Paço da Liberdade – Generoso Marques, 189 – Centro de Curitiba (PR).

As obras serão apresentadas durante o bate-papo “O que diz essa tal de nova dramaturgia brasileira?”. Com a participação do multiartista Eric Lima e do diretor e produtor cultural Taciano Soares, a roda de conversa promete ser um momento de reflexão e debate sobre as estruturas narrativas, a diversidade de vozes e as conexões entre texto, território e sociedade que moldam a cena teatral brasileira atual.

Dramaturgia Galerosa

O livro “Dramaturgia Galerosa” é uma coletânea de 13 textos para teatro escritos pelo artista amazonense Adanilo – atualmente no ar com a novela “Volta Por Cima”, exibida pela TV Globo – entre 2013 e 2024. A obra é dividida em quatro partes: Galerosidades Originárias, Sentimentos e Sensações, Teatro Apocalíptico e Teatro Compensa.

“’Galeirosidades Originárias’ fala da minha visão do mundo indígena, do meu ser indígena amazônico. A segunda parte do livro, chamada ‘Sentimentos e Sensações’, tem cinco textos que falam sobre medo, confiança, amor e saudade. Em ‘Teatro Apocalíptico’, são dois textos sobre um mundo pós-apocalíptico ou um mundo em apocalipse. Uma visão minha sobre o caos e os caminhos que a humanidade está trilhando, para onde estamos indo. A última parte da coletânea, ‘Teatro Compensa’, contém quatro textos sobre o bairro onde nasci e me criei”, revela Adanilo.

Nesta última parte do livro, Adanilo aborda temas como a vida nas ruas e a identidade masculina no bairro da Compensa. Entre os textos destacados, estão “Bicho Doido”, uma análise sobre as pessoas em situação de rua, e “Considerado”, que explora a masculinidade no bairro. Os textos “Maninha” e “Pegar o Beco” complementam essa visão e oferecem uma perspectiva única sobre a realidade local.

Tetralogia da Família

A “Tetralogia da Família” é uma obra que desmonta a ideia de família como instituição estática, revelando suas contradições e afetos por meio de quatro vértices: mãe, pai, filha e filho. Cada peça da tetralogia funciona como um átomo dessa estrutura, explorando temas como patriarcado, luto e abuso infantil.

“Em Obevandiva (2013), mergulho na figura materna e na ideia de plenitude; em Casa de Franciscos (2015), questiono a autoridade paterna; em Alice Músculo + 2 (2016), a filha confronta violências silenciadas; e, em Cê Virou Planta (2023), o luto do filho se transforma em metáfora botânica. A evolução temporal das peças permite ver a família como organismo mutante, nunca completo”, destaca Francis Madson, mestre em ciências humanas, doutorando no PPGAC-UDESC e graduado em dança e teatro.

“Ela expõe feridas que preferimos chamar de ‘segredos'”. Com essa frase, Madson introduz sua obra. “Ao trazer temas como abuso infantil (Alice Músculo…) ou a falência do patriarcado (Casa de Franciscos), convido o público a reconhecer essas dinâmicas em suas próprias casas. O teatro aqui não é terapia, mas um espaço de confronto. A sociedade brasileira ainda trata a família como santuário intocável, e minha obra mostra que é justo ali, no íntimo, que se gestam as maiores revoluções — ou repetições”.

Roda de Conversa

Francis e Adanilo participam de forma presencial da programação do Interlocuções, dentro do Festival de Curitiba, para celebrar o lançamento das obras. Além disso, integram a mesa “O que diz essa tal de nova dramaturgia brasileira?”, ao lado de Eric Lima e Taciano Soares, onde discutem as rupturas e inovações da dramaturgia atual, com foco no papel da linguagem teatral em questionar estruturas sociais.

*Fonte: Acrítica

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