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17/06/2025
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Em busca do 33° título, Garantido exalta todas as vidas e sua própria história

Com o tema “Garantido por toda vida”, o Boi-Bumbá Garantido é o primeiro a se apresentar nesta sexta (30/06)

Foto: Justino Guimarães/Divulgação

Em busca do 33º título do Festival Folclórico de Parintins, o Boi-Bumbá Garantido leva para a arena do Bumbódromo, a partir desta sexta-feira (30/06), um canto por todas as vidas e parte da sua história, dividido em três grandes atos. A associação apresentou o projeto de arena em coletiva de imprensa, na quinta-feira (29/06). Para dar força ao espetáculo, o bumbá traz para a 56ª edição do festival uma das maiores lideranças indígenas da atualidade, cacique Raoni Meturike, do povo Kaiapó. 

Para defender o tema “Garantido por toda a vida”, a associação folclórica leva para a arena um espetáculo em três atos. Segundo o presidente interino do bumbá, Adson Silveira, a superação é a palavra chave para a torcida e trabalhadores. “O Garantido não vai fazer diferente, o Garantido vai mostrar que ele voltou a ser o Garantido, um boi grande, majestoso, organizado, que preparou todos os 21 itens para ganhar o festival”, afirmou. 

O Garantido abre a primeira noite do Festival de Parintins, com o espetáculo “A vida depende da vida”, falando sobre a urgência dos cuidados com a natureza e com as vidas humanas, celebrando lideranças contemporâneas na defesa do meio ambiente, dos povos indígenas e dos direitos humanos. 

Para a segunda noite, a narrativa do Garantido leva para a arena o subtema “Eu sou porque nós somos!”. Segundo Adan René, integrante da comissão de arte, a apresentação conta a história de como a identidade amazônida tem sido construída. “A gente faz um reconhecimento de uma memória social. Nós temos todos esses povos trazidos para a região, seja em diáspora ou mesmo os povos originários daqui. O Garantido defende que ele é o boi que luta por todas as vidas. As vidas indígenas, negras, dos povos tradicionais. É uma noite de memória social”, afirma René. 

A terceira e última noite fará uma viagem pela história de luta e glória do boi da Baixa do São José, recordando sua trajetória e revivendo emoções já apresentadas na arena do Bumbódromo. O subtema “Amor por toda a vida” promete recontar a história com novas personagens, como é o caso da lenda amazônica do Mapinguari, que em 1997 impressionou com realismo e grandeza. 

 

Expectativa 

 

O ritual indígena “Nominação Kaiapó” promete ser uma atração à parte, onde o pajé do Garantido, Adriano Paquetá, representará o cacique Raoni Meturike, celebrado por ser um defensor de todas as vidas. 

Ao lado do ídolo, Paquetá, que defende o item 12, falou da expectativa em dividir um dos seus rituais com uma liderança que inspira sua geração. “Eu tinha o sonho de conhecer o cacique Raoni, de poder estar na presença dele. No ano passado, eu estive no território indígena do Xingu, fui à aldeia Yawalapiti, próximo ali, então ter esse contato com os povos do Xingu foi muito importante. E eu tenho um convite esse ano para ir à aldeia do Raoni”, disse.  

Antes mesmo de entrar na arena, Paquetá já sabe da responsabilidade e da importância do momento para a história do festival. “Essa homenagem a ele é muito significante. E estar presente ao lado dele é uma responsabilidade muito maior, que vai além de ser item, né? É de estar ao lado de um grande líder”, ressalta.

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