Um estudo inédito na Alemanha está em busca de seis voluntários para passar 100 dias confinados em uma réplica de estação espacial na cidade de Colônia, simulando as condições de isolamento enfrentadas por astronautas em missões de longa duração, como as previstas para a Lua e Marte. Cada participante que concluir a experiência receberá 23 mil euros (aproximadamente R$ 140 mil).
O objetivo do SOLIS100, financiado pela Agência Espacial Europeia (ESA) e organizado pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR), é analisar os efeitos do confinamento extremo sobre a saúde, comportamento e desempenho humano, além de testar estratégias de apoio para futuras missões espaciais.
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A experiência inclui 16 dias de preparação, 100 dias de isolamento e uma semana de recuperação. Os voluntários viverão sem luz natural, com monitoramento constante, rotina rigorosa de exercícios e restrições como apenas dois banhos semanais e proibição de cochilos. O limite de pertences pessoais é de 1,5 kg, e apenas cabines e banheiros não terão câmeras.
Os candidatos devem ter entre 25 e 55 anos, boa saúde, prática regular de exercícios, proficiência em inglês e formação superior, preferencialmente em áreas como medicina, engenharia de software ou tecnologia. Será necessário passar por exames médicos e psicológicos. Cidadãos de fora da União Europeia, incluindo brasileiros, podem se candidatar desde que providenciem visto e seguro-viagem.
Além do confinamento, outro estudo paralelo do DLR em parceria com a NASA está investigando os efeitos da ausência de gravidade, incluindo perda muscular e óssea e alterações na circulação sanguínea, por meio de simulações em camas inclinadas que reproduzem o deslocamento de fluidos corporais observado no espaço.


