George Venâncio, de 19 anos, é apaixonado pela arte de escrever desde muito cedo. Manauara, autor e poeta, George, lança seu segundo livro, ‘Banal’, com apoio da casa editorial Viseu, na próxima quinta-feira (22/06), às 18h45, na biblioteca do Centro de Ensino de Língua Inglesa e Instituto Cultural Brasil Estados Unidos – ICBEU Manaus, na avenida Joaquim Nabuco, bairro Centro, zona sul de Manaus.
O jovem poeta escreveu e auto publicou seu primeiro livro de poesia, aos 15 anos, em 2019, com o título de “Sentimento e Razão”. Essa primeira obra foi publicada quando o autor usava o nome George Neto.
Entretanto, após uma conversa transformadora com o artista Homero Amazonas, começou a assinar com o nome George Venâncio. E, é com essa mudança e amadurecimento artístico que em 2023, lança seu segundo livro.
O livro marca o crescimento como autor e desejo do poeta de firmar-se no cenário literário nacional com suas ácidas críticas sociais e pensamentos filosóficos sobre o mundo, pautados no Niilismo de Nietzsche e em sua contrapartida, o Absurdismo de Albert Camus.
A obra chama atenção no cenário artístico manauara, e ao Portal Castello Connection, George Venâncio conta como foi chegar nesse resultado.
“Minha família por parte de pai, sempre teve veia artística muito forte. Tem escritores, pintores, músicos que influenciaram muito a minha escolha, eu sempre me encantei com isso. Sou apaixonado por música, por exemplo. Sou apegado muito a arte como um todo, desde sempre. Fui crescendo, e lá pelos meus 10 anos, já me via muito envolvido na leitura, gostava bastante. Meu bisavô Orígenes Martins sempre teve uma parede gigante de livros, eu adorava ficar admirando, ele também sempre lia pra mim”, disse o jovem.
George disse ainda que na infância ele não dava muito valor às escritas que produzia, ele jogava fora, a mãe quem despertou nele a ideia de guardar os ‘feitos’.
“Morei em Vila Velha, no Espírito Santo, e durante uma atividade para escrever uma paródia, comecei a despertar para esse lado da escrita. Um dia mostrei pra minha mãe e ela disse pra eu guardar, não jogar fora, que estava muito bom. Meu pai também incentivou, e com a ajuda da minha tia, publiquei meu primeiro livro”.
A partir daquele momento, o jovem poeta começou a ver a escrita, a literatura, como base.
George relata que nesse momento da vida, em que criou o hábito por escrever, o gosto pela escrita, surgiu o primeiro livro ‘Sentimento e Razão’.
“Escrever virou uma válvula de escape, meu amor pela literatura, poesia virou tudo pra mim. Comecei a ‘consumir’ como nunca consumi, vários autores como João Cabral de Melo Neto junto com Paulo Leminski Filho e vários outros tipos de literatura fora da esfera poética. Eu estava crescendo, adolescência, nervos à flor da pele, a gente faz coisas que não entende, tudo mudando muito rápido e ainda teve a pandemia.
Sobre a válvula de espace que George se refere, ele explica que na pandemia a escrita se intensificou na vida dele por conta do isolamento.
“Eu já estava escrevendo algumas outras coisas, não só poesia, mas prosa também. Acontece que por conta de pandemia, eu não conseguia escrever, não saia nada! Eu estava isolado, não tinha amigos, comecei a ficar em depressão, já não era de muitos amigos, na pandemia isso se intensificou, então eu basicamente não conversava com ninguém, vivia só com a família, isolado. Essas coisas começaram a me afetar, comecei a ver documentários, jornais, assuntos que me afetaram muito. Por isso, a escrita virou uma válvula de escape”, relata George.
O jovem poeta revolveu transformar o momento em que o país passava, em poema. O livro fala inclusive da visão do jovem sobre esse momento. Na obra, George traz a visão de que as coisas não vão ser ruins para sempre.
O nome ‘Banal’, é uma demonstração da presença desse paradoxo no livro. Por um lado, diz que a vida é banal por ser trivial, vulgar e sem originalidade, por outro, celebra a banalidade da vida que, justamente por ser assim, deve ser levada com leveza e um sorriso no rosto, apesar de tudo que possa estar acontecendo ao nosso redor, como Sísifo (Na mitologia grega, Sísifo, filho do rei Éolo, da Tessália, e Enarete, era considerado o mais astuto de todos os mortais) ao levantar todos os dias para continuar com a banalidade de sua tarefa.
Sobre a publicação
George Venâncio disse que estava navegando pela internet e viu a publicação da editora, ele enviou o material despretensiosamente e foi aprovado.
“Pisquei e quando vi meu livro já estava na mão de um editor e no processo de publicação. Chamo isso de quase um chamado divino. Talvez se a Editora não tivesse aparecido nesse momento oportuno, se não tivesse minha família, meus amigos, talvez eu não tivesse nem continuado a escrever. Eu não sabia se o livro estava bom ou se o pessoal ia gostar. Eu escrevia pra mim, mas tem aquela coisa, quer ser escritor tem que pensar em escrever para os outros também. Eu estou muito feliz, e me esforçando para fazer o evento ser incrível, conclui o poeta.
George Venâncio se encontrará no palco que já foi de diversos autores e artistas, para o evento oficial de lançamento de sua obra, onde irá declamar e analisar alguns de seus poemas. Além disso, no local haverá a venda limitada e assinatura de exemplares de ‘Banal’.
