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Brasil invisível: milhões em favelas vivem onde nem ambulância entra

IBGE mostra que 3,1 milhões de pessoas estão fora da rede mínima de serviços urbanos.

Crédito: Paralaxis/iStock

O suplemento divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (5) escancara uma realidade dura: 19,1% dos moradores de favelas brasileiras — cerca de 3,1 milhões de pessoas — vivem em áreas sem acesso para veículos. Nessas ruas estreitas, becos e escadarias, não entram ambulâncias, caminhões de lixo ou ônibus.

O contraste brutal

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  • Fora das favelas, apenas 1,4% da população enfrenta essa limitação.
  • Enquanto 93,4% dos brasileiros fora das comunidades têm ruas que comportam veículos pesados, nas favelas esse índice despenca para 62%.
  • Na Rocinha (RJ), maior favela do país, só 12,1% dos moradores vivem em ruas com calçadas.

O debate que incomoda

Os dados reacendem uma discussão incômoda: o Brasil aceita que milhões vivam sem direito à cidade?

  • Sem acesso viário, moradores ficam isolados de serviços básicos.
  • A falta de calçadas e rampas reforça a exclusão de pessoas com deficiência.
  • Em alguns estados, como a Bahia, moradores pavimentaram trechos por conta própria, levantando o dilema: até onde vai a responsabilidade do Estado e onde começa a autoconstrução comunitária?

Vozes do IBGE

Para o pesquisador Filipe Borsani, trata-se de uma exclusão histórica:

“Não passa um caminhão de lixo, por exemplo. Isso significa a dificuldade de acesso a certos serviços públicos.”

A gerente de Favelas e Comunidades Urbanas, Leticia Giannella, reforça:

“Que esses dados sejam instrumentos para reivindicação por melhorias.”

Fonte jornalística: Agência Brasil / IBGE

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