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15/04/2025
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Com 50% dos ônibus nas garagens, usuários do transporte coletivo sentem os impactos em Manaus

Sindicado dos rodoviários pede reajuste salarial e permanência dos empregos de cobradores.

Foto: Paulo Bindá

A paralisação do transporte público aumentou de 30% para 50% da frota na manhã desta terça-feira (14), em Manaus. Sindicado dos rodoviários pede reajuste salarial e permanência dos empregos de cobradores.

A greve começou às 4h da manhã de hoje, inicialmente com 70% da frota nas ruas, mas o patamar caiu para a metade a partir das 9h. Com 50% dos ônibus nas garagens os usuários do transporte coletivo já sentem os impactos, a aposentada Adília Soares esperou por mais de uma hora a linha 448. Ela saiu de casa sem saber da greve e precisava levar documentos para a filha.

“Faz é hora que eu cheguei aqui, ainda não passou. Geralmente demora 30 minutos e até agora nada… vou ter que esperar porque não tenho dinheiro pra pegar Uber”, explicou.

Em outra parada no centro de Manaus o servidor público Raimundo Sarmento esperava pela linha 500 para voltar para casa, no bairro Monte das Oliveiras, Zona Norte. Ele ouviu nos noticiários, no dia anterior, que a greve no transporte coletivo iniciaria hoje e por isso usou uma moto de aplicativo para não perder o horário da consulta médica durante as primeiras horas da manhã.

“Sobre as paralisações é uma coisa que é um jogo político. O empresário quer o dele, o trabalhador também, isso que acontece”, comentou.

Reivindicações 

A confirmação da greve ocorreu ainda durante a segunda-feira (14), quando o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) obteve uma liminar favorável no Dissídio Coletivo de Greve nº 0000404-49.2025.5.11.0000 (ajuizado junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região) para manter a circulação 70% da frota de ônibus nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h) e 50% nos demais horários, sob pena de multa de R$ 60 mil por hora de descumprimento.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM) a greve ocorre pela falta de acordo com as empresas do transporte público. O presidente do STTRM, Givancir Oliveira, afirmou que tenta diálogo com os “patrões” há 2 meses, mas não chegaram a um consenso sobre os pedidos:

  • Ajuste de 12% na data-base.
  • Ajuste de 12% no valor da cesta básica.
  • Gratificação de R$ 1.200 para trabalhadores que desempenham dupla função.
  • Manutenção do emprego de cobradores.

Givancir explicou que pelo menos 10% do quadro geral de trabalhadores desempenha mais de uma função sem a devida remuneração corrigida, além disso entende que os reajustes precisam acontecer para assegurar a sobrevivência da classe diante do aumento dos preços de produtos e alimentos.

“A inflação está muito alta e a nossa luta pelo data-base é sobrevivência dos trabalhadores”, afirmou.

O que disse a prefeitura?

A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), informou que monitora, com máxima atenção, o movimento grevista, bem como o andamento das negociações entre as partes envolvidas. A Prefeitura afirmou defender o diálogo como instrumento fundamental para a construção de soluções equilibradas, que preservem os direitos da categoria e, sobretudo, assegurem a qualidade e a regularidade do serviço público de transporte à população.

Uma reunião entre o Poder Executivo, os representantes das empresas do transporte público e os funcionários está marcada para a tarde desta terça-feira. O teor da reunião não foi divulgado, mas o STTRM vai se manifestar publicamente por volta das 16h para atualizar a sociedade sobre a manutenção ou fim da greve.

*Fonte: Acrítica

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