Após dez anos de pesquisas e aplicações clínicas bem-sucedidas, o curativo biológico de pele de tilápia, desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará (UFC), dará um passo histórico: será produzido em escala industrial pela farmacêutica Biotec, com previsão de chegada a hospitais públicos e privados em todo o Brasil, incluindo o Sistema Único de Saúde (SUS).
Investimento e produção
- Investimento inicial: R$ 48 milhões.
- Início da operação: até 2027.
- Capacidade produtiva: entre 1 milhão e 30 milhões de unidades por ano, atendendo à alta demanda nacional.
Benefícios clínicos
A tecnologia reduz dor e necessidade de morfina em pacientes queimados, além de acelerar a cicatrização. O curativo é feito com pele de tilápia liofilizada, que possui colágeno e propriedades regenerativas, tornando-se alternativa inovadora frente aos métodos tradicionais.
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Licenciamento e royalties
A patente permanece sob propriedade da UFC, que licenciou o uso para o consórcio Biotec. O acordo prevê pagamento de royalties e participação nos lucros, garantindo recursos para novas pesquisas e fortalecimento da inovação científica no país.
Contexto e impacto
- Criado em 2015 pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da UFC.
- Já foi aplicado em centenas de pacientes em caráter experimental, com resultados positivos.
- Representa um raro caso de transferência de tecnologia acadêmica para a indústria, consolidando a ponte entre ciência e mercado.
Desafios e próximos passos
A produção industrial exigirá validação em larga escala, certificações sanitárias e logística de distribuição nacional. A expectativa é que o produto esteja disponível em hospitais brasileiros até 2027, com prioridade para unidades de queimados e emergências do SUS.
Fonte: Olhar Digital


