Na última semana, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), conhecido por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, teve uma conversa inusitada com o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter). Em um telefonema mediado por uma assessora de Musk, Gayer sugeriu que o empresário se conectasse com senadores indecisos sobre o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O intuito seria apresentar sua versão sobre as tensões entre ele e o magistrado, buscando reverter a imagem negativa que, segundo Gayer, está sendo construída pela imprensa e pelo próprio STF. A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Durante a conversa, Gayer relatou que Musk se mostrou “reticente” à proposta. O deputado frisou que a ideia foi abandonada após ele perceber a resistência dos senadores em dialogar com o bilionário. “Falei a ele que estão tentando criar no Brasil uma figura dele de bilionário metido, que acha que pode tudo”, explicou Gayer ao colunista, ressaltando que sua intenção era ajudar Musk a desconstruir essa imagem.
O encontro telefônico levanta questões sobre a relação entre poder, mídia e a influência de figuras internacionais no cenário político brasileiro. A proposta de Gayer revela uma estratégia de tentar fortalecer a posição de Musk no Brasil, um país onde suas ações e declarações têm gerado polêmica, especialmente em relação à liberdade de expressão e à moderação de conteúdo na plataforma X.
Além disso, o pedido de Gayer sugere um desejo por maior envolvimento de Musk nas questões políticas brasileiras, o que pode ser visto como uma tentativa de consolidar apoio em um momento em que o STF e figuras como Moraes enfrentam críticas intensas de setores da direita. Essa situação, por sua vez, coloca em evidência o papel das redes sociais e de seus proprietários nas dinâmicas políticas contemporâneas.
O impeachment de um ministro do STF é um assunto delicado e que envolve um profundo debate sobre a independência dos poderes e a necessidade de se respeitar as instituições democráticas.
*Fonte: AM POST