O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da China, Xi Jinping, anunciaram nesta quinta-feira (30/10), na Coreia do Sul, uma trégua na guerra comercial entre os dois países. O encontro aconteceu em uma base aérea na cidade de Busan e marcou o primeiro diálogo presencial entre os líderes desde o retorno de Trump à presidência, em janeiro.
Durante a reunião, que durou cerca de duas horas, os dois governos decidiram suspender por um ano os controles de exportação de terras raras e semicondutores materiais estratégicos para a indústria tecnológica. Segundo Trump, as tarifas sobre produtos chineses foram reduzidas de 57% para 47%.
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Em troca, Pequim se comprometeu a retomar a compra de soja americana, manter o fluxo de exportação de terras raras e reforçar o combate ao comércio ilegal de fentanil, uma droga sintética altamente viciante e responsável pela maioria das mortes por overdose nos Estados Unidos.
Trump afirmou que Xi prometeu uma “ação firme” para conter a exportação de substâncias usadas na produção da droga. A China, por sua vez, pediu a redução das tarifas, alegando que já havia intensificado a fiscalização interna.
Após o encontro, Trump classificou a conversa como “incrível” e destacou que o acordo sobre terras raras terá validade inicial de um ano, com possibilidade de renovação. Xi Jinping também considerou o resultado positivo e disse que as equipes econômicas dos dois países chegaram a “soluções consensuais” para reduzir as tensões comerciais.
O líder chinês ainda afirmou que há “boas perspectivas de cooperação em inteligência artificial” entre as duas potências.
A guerra comercial entre Estados Unidos e China havia voltado a se intensificar neste mês, depois que o governo chinês propôs ampliar as restrições à exportação de minerais de terras raras essenciais para a produção de equipamentos eletrônicos e veículos elétricos.
Em resposta, Trump chegou a ameaçar tarifas adicionais de até 100% sobre produtos chineses e possíveis restrições às exportações para a China de itens fabricados com softwares americanos, medidas que poderiam ter causado impacto na economia global.
Com informações do G1

