O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu um passo importante na avaliação do projeto de exploração de petróleo na Foz do Amazonas. O órgão ambiental aprovou o plano apresentado pela Petrobras para a limpeza de uma sonda que será utilizada na perfuração de poços no bloco FZA-M-59, localizado na Margem Equatorial, no extremo norte do Brasil. Essa aprovação é um dos requisitos para que a companhia obtenha a licença ambiental necessária para avançar com suas atividades de perfuração na região.
A sonda, que até então estava em operação na Bacia de Campos, foi identificada com a presença de coral-sol, uma espécie considerada invasora. O coral-sol, além de prejudicar o ciclo alimentar dos peixes, tem impacto negativo sobre o equilíbrio da biodiversidade marinha, tornando-se uma ameaça para o ecossistema local. Essa descoberta levou a Petrobras a desenvolver um plano de ação para a limpeza da estrutura, visando mitigar os danos ao ambiente marinho.
O parecer técnico do Ibama indicou que as informações fornecidas pela Petrobras estão alinhadas com as recomendações do Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas (PPCEX), que faz parte do processo de licenciamento ambiental. No entanto, o órgão destacou que a aprovação do plano de limpeza não implica em uma deliberação final sobre a concessão da licença ambiental para a perfuração. O Ibama ainda precisa avaliar outros aspectos do projeto antes de emitir uma decisão conclusiva.
A Petrobras, por sua vez, continua avançando com seu ambicioso plano de exploração de petróleo e gás na região da Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá. A companhia já anunciou um investimento de US$ 3,1 bilhões e tem como objetivo perfurar até 16 poços nos próximos cinco anos. A Foz do Amazonas é uma área estratégica, pois se localiza em uma das fronteiras mais promissoras de reservas de petróleo e gás no Brasil.
Apesar do avanço no processo de licenciamento, a situação não está totalmente resolvida.
*Fonte: AM POST