Um grupo de amigos adaptou uma Kombi para levar internet wifi para diversos pontos de Manaus. O projeto recebeu o nome de Rede Cipó e foi criado no início de 2024. O veículo foi adaptada para levar os equipamentos necessários e disponibilizar internet para vários eventos que possam conectar uma grande quantidade de pessoas.
A ideia surgiu em 2022 e partiu de Rafael Silvestrim, estudante de engenharia elétrica da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Ele quis transformar um veículo em uma forma de acessibilidade de conexão para os locais mais distantes que não possuíam rede de dados móveis.
Rafael também procurou apoio de instituições tecnológicas da região, mas não obteve patrocínios, mesmo assim ele se juntou com amigos que apostaram na iniciativa e procuraram outros meios para executarem o projeto.
“Nos juntamos e começamos a abranger a ideia para tornar ela real, pegamos o pouco dinheiro que tínhamos e começamos a investir na Kombi, principalmente em equipamentos para que conseguíssemos distribuir internet de qualidade”, disse Silvestrim.
Como funciona?
Atualmente, com os equipamentos que o grupo possui, eles conseguem levar internet para até 300 pessoas em um raio de 180 metros.
A Kombi da Rede Cipó participou de seis eventos em Manaus com uma grande quantidade de pessoas. Em um deles, 236 usuários ficaram conectados simultaneamente.
No momento, o grupo está fazendo de forma gratuita para divulgar o serviço, mas o objetivo posterior é aumentar a empresa fazendo com que o serviço forneça internet para eventos e locais remotos e até ampliar para municípios do Amazonas.
O grupo deve levar os equipamentos para fazer o primeiro teste no interior em uma outra Kombi, no município de Guajará, no sul do Amazonas, no final de julho deste ano.
É necessário investimento
Lucas Rabelo é consultor de T.I da Rede Cipó e participou desde o início da criação e execução do projeto e conta que com investimentos o alcance de pessoas conectadas pode ser maior.
“A gente tenta se adaptar ao evento e ao que o cliente quer. Alguns são menores e conseguimos atender a demanda, mas outros precisamos expandir para atender esse público. Um outro ponto é que hoje temos uma autonomia de energia de 8 horas na bateria que utilizamos. Não precisamos da energia elétrica do local”, disse Rabelo.
*Fonte: Acrítica