A Marcha Global de Saúde e Clima, realizada em Belém, terminou em confusão na tarde desta terça-feira (11). Parte dos manifestantes rompeu o bloqueio policial e tentou invadir a Zona Azul, área de acesso restrito a credenciados da COP30.
O grupo, que carregava bandeiras contra a exploração de petróleo e em apoio à Palestina, entoava palavras de ordem pela taxação de grandes empresários. Entre os participantes havia indígenas. Guardas da ONU e integrantes da segurança do evento reagiram e usaram pedaços de madeira para conter os manifestantes. Pelo menos um segurança ficou ferido.
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Durante o tumulto, um guarda da ONU tomou o celular de uma equipe da rádio CBN e impediu o registro da operação, afirmando que gravações não eram permitidas no local. Parte dos manifestantes ainda tentou acessar a área por outro ponto, o que gerou correria, mas a entrada foi bloqueada novamente.
A confusão ocorreu no segundo dia da conferência, que, até então, vinha sendo marcada por otimismo nas negociações. A CEO da COP, Ana Toni, afirmou que dois temas apresentaram avanços: o debate sobre gênero e o conceito de transição justa processo de adaptação para uma economia de baixo carbono sem prejudicar trabalhadores e comunidades.
De acordo com Ana, o G77, grupo que reúne 134 países em desenvolvimento, incluindo a China, já apresentou uma posição conjunta e demonstrou confiança no andamento das conversas.
Apesar disso, há resistência de alguns países. Segundo a GloboNews e o G1, a Arábia Saudita tem se posicionado contra a inclusão de novas metas para abandonar os combustíveis fósseis uma das bandeiras defendidas pelo Brasil, que busca criar um mapa do caminho para a transição energética.
Veja o vídeo:

