O pré-candidato ao Senado Marcelo Ramos (PT) rebateu, nesta quarta-feira (29), as declarações do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Alberto Neto havia afirmado que o governo federal negou ajuda ao estado para combater o tráfico na região.
Marcelo Ramos classificou a fala do parlamentar como “oportunista” e acusou o deputado de tentar “implantar uma crise” no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, o episódio no Rio é consequência da expansão do crime organizado e da incapacidade do governo estadual em lidar com o problema.
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“O que aconteceu no Rio de Janeiro ontem é uma combinação, por um lado, de um crime organizado que se consolida naquele estado, dominando áreas territoriais sob o olhar omisso das autoridades locais, e, por outro lado, da incompetência absoluta do governador para enfrentar um problema tão complexo. Mas, de forma oportunista, o deputado Alberto Neto tenta colocar uma crise que é de um governador do partido dele, o PL, no colo do governo do presidente Lula, mentindo, dizendo que o governo federal não atendeu a um pedido de ajuda”, afirmou Ramos.
O ex-deputado também criticou a atuação de Alberto Neto em temas ligados à segurança pública no Amazonas, dizendo que o parlamentar “não se manifesta quando o assunto é a segurança do estado”.
“Precisamos conversar sobre a capacidade que o deputado Alberto Neto tem de tratar de assuntos de segurança pública do Rio de Janeiro, mas não dá uma palavra sobre a segurança pública do Amazonas”, completou.
Na terça-feira (28), Alberto Neto publicou um vídeo em que comparou a situação do Rio de Janeiro à Faixa de Gaza e disse que o Brasil “está em guerra”. O deputado defendeu o uso das Forças Armadas e criticou o governo Lula por, segundo ele, “passar pano para o crime organizado”.
O parlamentar afirmou ainda que o avanço da criminalidade no Sudeste pode atingir o Norte do país, especialmente o Amazonas, por causa da proximidade com países produtores de drogas.
Os dois políticos, que são pré-candidatos ao Senado em 2026, têm trocado críticas com frequência nas redes sociais.

