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03/04/2025
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Saúde

Mortalidade por vírus respiratórios persiste no AM, mesmo com baixa nos registros

Estado já soma 15 mortes em 2025, sendo 13 por Covid-19; especialistas reforçam importância da prevenção e da vacinação.

Foto: Reprodução

O Governador do Amazonas, Wilson Lima, usou as redes sociais na terça-feira (1°) para informar que foi diagnosticado com Covid-19 e Influenza. O caso chama a atenção para o fato de que os vírus respiratórios ainda são uma realidade no estado e exigem atenção da população e das autoridades de saúde, embora os números de casos e mortes tenham reduzido.

“Fui diagnosticado com Covid e com o vírus Influenza. Enquanto me recupero, obedecendo às recomendações médicas, ficarei trabalhando e coordenando as ações do governo de casa”, publicou Lima em suas redes sociais.

Segundo o relatório mais recente sobre vírus respiratórios, publicado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), entre 1º de janeiro e 29 de março de 2025, o Amazonas registrou 919 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 295 associados a vírus respiratórios.

Divulgado na última segunda-feira (31/03), o Informe Epidemiológico chama a atenção para a redução dos casos em comparação com o ano passado. Segundo a FVS, o número de casos notificados este ano representa uma redução de 15,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 350 casos.

Embora os números tenham reduzido, pessoas continuam morrendo em todo o estado em decorrência dos vírus respiratórios. Segundo o relatório, somente este ano, o estado totaliza 15 mortes por vírus respiratórios, sendo 13 por Covid-19, uma por rinovírus e uma por parainfluenza. Em 2024, esse número chegou a 33 no mesmo período, o que significa uma redução de 54,5%.

O relatório mostra ainda que, nas últimas três semanas (09/03 a 29/03), os grupos mais afetados pelos vírus respiratórios foram idosos com 60 anos ou mais (29,2%), bebês menores de um ano (23,4%) e crianças de 1 a 4 anos (15,9%). Em seguida, aparecem as faixas etárias de 20 a 39 anos (10,2%), 40 a 59 anos (10,2%), 5 a 9 anos (8,1%) e 10 a 19 anos (3,1%).

No mesmo período, os vírus mais identificados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) foram: rinovírus (58,5%), Influenza B (25,3%), coronavírus SARS-CoV-2 (10%), Influenza A (4,8%) e adenovírus (4,1%).

Medidas de prevenção e assistência

A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), Nayara Maksoud, reforçou a importância de buscar atendimento médico ao surgirem sintomas gripais, além de manter hábitos preventivos. Maksoud destacou ainda que o estado conta com 17 unidades de referência para tratar casos de SRAG, com equipes capacitadas para prestar assistência.

Para reduzir a circulação dos vírus respiratórios, a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, orienta que a população adote medidas como higienizar as mãos com frequência, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e evitar aglomerações. O uso de máscara continua sendo recomendado para pessoas sintomáticas, profissionais de saúde e grupos de risco.

“É ainda essencial proteger crianças menores de seis meses de idade, evitando a exposição a ambientes de risco. A vacina contra Covid-19 e Influenza é distribuída para todo o Amazonas e recomendada para o público elegível, sendo uma medida importante para a redução da transmissão e a prevenção de complicações graves das doenças”, orienta a FVS-RCP.

A fundação destaca ainda que a melhor forma de evitar o agravamento dos casos continua sendo a prevenção e a busca por assistência médica ao primeiro sinal de sintomas.

*Fonte: Acrítica

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Redação

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