A sessão da Câmara Municipal de Manaus (CMM) por pouco não foi interrompida, nesta segunda-feira (23). A não votação do Projeto de Lei 317/2023, que teve parecer contrário da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) enfureceu os motoboys que foram à Casa Legislativa. A proposta versa sobre a entrega por delivery em condomínios.
Com gritos e xingamentos contra os vereadores, os trabalhadores criticaram a demora da CMM na aprovação do PL que está na casa a mais de duas semanas. Os manifestantes alegam que essa é a terceira vez que perdem diárias de trabalho para reivindicar a votação da proposta.
Os vereadores Capitão Carpê (Republicanos), William Alemão (Cidadania) e Sassá da Construção Civil (PT) precisaram subir na galeria para acalmar os trabalhadores, esclarecendo que o projeto só poderia ser votado na casa na próxima semana, em respeito ao rito estabelecido no Regimento Interno.
Carpê disse entender a insatisfação dos motoboys pela demora na aprovação, mas reforçou que há etapas a serem cumpridas para que haja a votação final. Ele culpou o autor da proposta, vereador Rodrigo Guedes (Republicanos), por ter convidado os trabalhadores a irem à Casa, sem a certeza de que ele estaria sendo votado.
“Existe um rito, o presidente só pode colocar em votação que está na ordem. Ele não avisou vocês que hoje não ia passar. A culpa é dele”, reforçou.
Com o recolhimento de 14 assinaturas para levar o parecer da CCJR para a apreciação do plenário para decidir se desarquiva ou não a matéria, Guedes pediu a inclusão da PL na Ordem do Dia, não para votação na matéria, mas dos parecer.
Para amenizar a insatisfação dos motoboys, o presidente da CMM, Caio André (Podemos), incluiu a pauta de maneira extraordinária.
*Fonte: A Crítica