31.3 C
Manaus
25/02/2025
Portal Castello Connection
GeralPolítica

MPF e MPAM recomendam que o Governo do Amazonas faça repasses financeiros para a CEMA

Recursos devem ser destinados a compra de medicamentos e manutenção de atividades.

Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Amazonas (MPAM) recomendaram ao Governo do Estado que R$430 milhões sejam repassados para a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema). As recomendações apontam que o Governo tem deixado de repassar valores milionários desde 2023.

A recomendação foi assinada pelo procurador da República Igor Jordão Alves e pela promotora de Justiça Maria Raposo da Câmara, após os relatórios da Cema apontarem valores abaixo do previsto para compra de medicamentos e manutenção de atividades.

De acordo com o MP “O Estado compromete-se a manter abastecidas as Unidades de Saúde de Média e Alta Complexidade pertencentes a rede estadual (SUSAM) com medicamentos e insumos padronizados, necessários ao atendimento prestado, adotando procedimento eficiente de programação (planejamento), aquisição, estoque de segurança, distribuição e fornecimento, de modo a afastar a falta de medicamento receitado e a normalizar o abastecimento, inclusive, da Central de Medicamento do Amazonas-CEMA”.

Conforme a ação, o Tesouro Estadual repassou à Cema em 2023 R$ 87,4 milhões de reais. No entanto, o valor previsto para o ano passado era de R$ 295 milhões, deixando de destinar R$ 197 milhões do orçamento anual. Além disso, não foram repassados  R$ 25 milhões do aumento que o Governo Federal destinou ao órgão.

Já em 2024, até o dia 8 de novembro, o MPAM verificou que o Tesouro Estadual repassou R$ 219 milhões, mas o esperado é de R$ 313 milhões, apontando que o Governo deixou de destinar R$ 93 milhões. Quanto ao valor repassado pelo Governo Federal, não foram pagos R$ 30 milhões.

Os órgãos verificaram que esses valores não foram enviados para a Cema e, por isso, recomendou que o Governo efetue até o dia 15 de dezembro deste ano, o repasse do montante de R$ 30,4 milhões, consistente nos valores não executados do orçamento anual do órgão, já considerando o superávit dos recursos federais.

Além de realizar, até o dia 31 de dezembro deste ano, as transferências necessárias à aquisição dos itens padronizados, já previstos em atas de registro de preços, considerados com grau de criticidade máxima, estipulados no montante de R$70 milhões.

Que o Governo do Amazonas também forneça à Cema, até 31 de dezembro, os meios necessários à aquisição itens padronizados, já previstos em atas de registro de preços, considerados com grau de criticidade média, estipulados no montante de R$ 39 milhões.

Os ministérios também pediram que o Governo inclua até 31 de dezembro de 2024, os valores repassados em valores menores à CEMA, nos exercícios financeiros de 2023 e 2024. Os valores somam R$ 291 milhões e podem ser repassados em valor menor, desde que devidamente comprovada a execução orçamentária parcial dos montantes no rol de Despesas de Exercícios Anteriores previstos na Lei Orçamentária Anual de 2025.

O Estado deve apresentar, no prazo de 60 dias, cronograma mensal para execução dos valores incluídos no rol de despesas de exercícios anteriores, destinados ao custeio dos medicamentos e Produtos Para Saúde (PPS) adquiridos pela CEMA.

Também devem fornecer diagnóstico financeiro conjunto, no prazo de 60 dias, que indique a quantia financeira necessária para abastecimento regular da rede de saúde (considerando como regular o nível de estoque que oscile entre 100% e 80%). E que elaborem em 120 dias, em conformidade com esses diagnósticos mencionados, um plano de reestruturação do Estado e da Cema.

Além disso, devem ser instituídos, no prazo de 90 dias, em observância aos princípios da publicidade e da eficiência, rotina administrativa de controle interno que comunique, ao final de cada bimestre, ou até o dia 30 de novembro de cada ano, a impossibilidade de repasse dos recursos mensais previstos para a CEMA, justificando o não cumprimento orçamentário em ofício ou outro expediente comunicativo formal.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) que informou que recebeu a notificação e que a mesma encontra-se no jurídico para verificação dos dados e da recomendação.

*Fonte: Acrítica

Relacionados

Roberto Cidade cobra providências urgentes do DNIT para recuperar porto ‘levado’ por balsa em Borba

Redação

TCE-AM multa prefeito de Juruá por irregularidades em licitação de merenda escolar

Redação

Juíza vai substituir desembargador afastado no Amazonas

Redação

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Leia mais