A osteoartrite (OA), doença articular degenerativa tradicionalmente associada ao envelhecimento, tem sido cada vez mais diagnosticada em mulheres jovens que praticam esportes. Estima-se que 15% da população mundial acima dos 30 anos sofra da condição, especialmente mulheres após os 60 anos. No Brasil, há cerca de 12 milhões de casos, equivalente a 6,3% da população adulta e 3,5% da população total.
A forma mais comum de doença articular, a osteoartrite afeta quadris, joelhos, mãos, punhos, cotovelos, coluna vertebral e pés, sendo uma das principais causas de afastamento do trabalho e aposentadoria por invalidez. A doença provoca desgaste progressivo da cartilagem, resultando em dor, inflamação e limitação de movimentos.
Acompanhe nosso 📌 Canal no WhatsApp
Especialistas alertam que modalidades esportivas como futebol, vôlei, basquete, corrida de longa distância, lutas e crossfit podem aumentar o risco, devido à sobrecarga repetitiva sobre quadris e joelhos. Segundo a médica esportiva Karina Hatano, os principais sintomas incluem dor durante ou após a atividade física, rigidez curta pela manhã e dificuldade para realizar movimentos simples, como calçar sapatos ou cortar as unhas dos pés.
Além da prática esportiva sem orientação, obesidade, desequilíbrios musculares, histórico familiar e predisposição genética são fatores que aumentam a chance de desenvolver a doença. Com o envelhecimento da população e o crescimento da obesidade, especialistas projetam que os casos de osteoartrite de quadril poderão crescer quase 80% até 2050.

