A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta sexta-feira (19), revelou que as regiões Norte (2,4%) e Nordeste (2,3%) apresentaram os piores indicadores de trabalho infantil entre crianças de 5 a 13 anos. Juntas, as duas regiões concentraram mais de 60% dos trabalhadores infantis dessa faixa etária no país.
Em 2024, o Brasil registrava 1,65 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil. O número representa um aumento de 34 mil casos em comparação com 2023, variação de 2,1%. Apesar da alta, no período de 2016 a 2024 houve redução de 21,4%.
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A região Nordeste foi a que apresentou o maior contingente de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Entre 2016 e 2024, no entanto, foi também a que registrou a maior redução, de 27,1%. Já a região Norte teve queda de 12,1% em relação a 2023, enquanto Nordeste e Sul mostraram as maiores elevações no período.
Segundo o levantamento, frente a 2016, todas as regiões registraram redução importante no total de pessoas em situação de trabalho infantil, exceto o Centro-Oeste.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define o trabalho infantil como toda atividade perigosa e prejudicial à saúde e ao desenvolvimento físico, mental, social ou moral de crianças, além de interferir na sua escolarização.

