A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) prendeu, na noite de quarta-feira (29), seis pessoas suspeitas de envolvimento no transporte ilegal de 77 barras de ouro, que somam 72,6 quilos e estão avaliadas em aproximadamente R$ 45 milhões. Entre os detidos estão dois policiais militares e um policial civil.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), essa é a maior apreensão de ouro já registrada no estado.
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A ação foi deflagrada por equipes da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), após uma denúncia anônima ao número 190, informando que uma família estaria sendo mantida refém em uma residência nas proximidades do 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Parque Dez de Novembro, zona Centro-Sul da capital.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram parte do grupo criminoso e libertaram os moradores, que estavam rendidos.
No imóvel, foram identificados dois cabos da PMAM e um investigador da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), além de outros três suspeitos civis.
Segundo as investigações iniciais, a casa pertencia a um venezuelano, apontado como responsável por usar o imóvel como depósito para o ouro contrabandeado da Venezuela.
De acordo com o tenente-coronel Renan Carvalho, comandante da Rocam, o dono da residência negociava a venda do ouro com dois homens quando os três policiais chegaram ao endereço, renderam todos os presentes e tentaram planejar o roubo da carga. A origem da informação sobre o metal precioso e o envolvimento de outros possíveis participantes ainda estão sendo apurados.
Durante as buscas, os militares localizaram parte das barras de ouro na sala e o restante escondido no tanque de combustível de um veículo que seria utilizado no transporte do material. Os seis suspeitos foram presos em flagrante, enquanto a esposa do venezuelano foi levada à delegacia como testemunha.
O ouro apreendido e os veículos foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal (PF), em Manaus.
O comandante-geral da PMAM, coronel Klinger Paiva, informou que o caso foi comunicado ao delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e que inquéritos internos já estão sendo instaurados para apurar a conduta dos agentes de segurança.
A Polícia Federal também investigará o esquema, com o apoio da Corregedoria da SSP-AM, que acompanha o caso.

