Portal Castello Connection
Geral

STF pede explicações ao Amazonas sobre Lei que proíbe linguagem neutra nas Escolas

A norma, aprovada em agosto de 2023, foi promulgada pela Aleam após o governo não se manifestar sobre sua sanção.

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro Flávio Dino , do Supremo Tribunal Federal (STF) , solícito explicou ao governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil) , e ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM), Deputado Roberto Cidade (União Brasil) , sobre a Lei Estadual nº 6.463/2023 , que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas do estado.

A norma, aprovada em agosto de 2023, foi promulgada pela Assembleia Legislativa após o governo não se manifestar sobre sua sanção. No entanto, em junho de 2024 , o STF suspendeu provisoriamente a lei , e agora disponível se deve anulá-la definitivamente.

O que diz a Lei

A proposta foi apresentada pela deputada estadual Débora Menezes (PL) e recebeu 14 votos a favor e quatro contrários na ALEAM. O texto proíbe o uso de linguagem neutra na série curricular, no material didático de escolas públicas e privadas, além de vetá-la em documentos oficiais de instituições de ensino e repartições públicas do Amazonas.

A legislação estabelece que apenas a norma de culto da Língua Portuguesa deve ser utilizada nesses espaços, vetando o uso de expressões considerando “dialeto não binário” .

Ação no STF e Decisão de Flávio Dino

A Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh) entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF para contestar a norma. As entidades alegam que a lei é inconstitucional , pois a competência para legislar sobre as diretrizes da educação é exclusiva do Congresso Nacional .

No dia 28 de maio de 2024 , o ministro Flávio Dino suspendeu a lei , justificando que ela violasse as competências da União. Para Dino, a norma invade atribuições federais e fere a Constituição , caracterizando inconstitucionalidade formal.

A decisão foi referendada pelo plenário do STF em junho de 2024 , confirmando a suspensão da lei até que haja um julgamento definitivo.

Próximos Passos

Agora, o STF aguarda as justificativas do governador Wilson Lima e do presidente da ALEAM antes de tomar uma decisão final. Caso a Corte entenda que a lei realmente frente à Constituição, ela poderá ser anulada em definitivo.

*Fonte: AM POST

Relacionados

Após especulações, Ibama informa que ICMBio irá indicar destino da Onça ‘Golias’

Redação

Mais de 18 mil filhotes de quelônios são soltos em Reserva no AM

Redação

Base Fluvial Arpão 3 é inaugurada e ajudará no combate a criminalidade no Rio Solimões

Redação

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Leia mais