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Torcedores podem ficar sem ingresso para Festival de Parintins devido alta demanda

Vendas online e presenciais iniciam de forma simultânea às 9h de amanhã (1º). No entanto, quem está nas filas para a compra presencial enfrenta desvantagem com relação a quem optou por tentar a compra pela internet

Foto: Márcio Silva

A tão aguardada venda dos ingressos para o 57º Festival Folclórico de Parintins começa nesta quinta-feira, dia 1º de fevereiro, mas há o risco de que nem todos os que acampam na frente da loja, em Manaus, consigam realizar a compra. Por conta da alta demanda pelos bilhetes, especialmente este ano, e as vendas simultâneas na internet, os ingressos físicos tendem a se esgotar rapidamente. Em 2023, a oferta de bilhetes acabou em 1h e 15 minutos.

As vendas começam às 9h da manhã (horário de Manaus) nesta quinta-feira (01/02), nos pontos físicos da capital e Parintins e nos sites www.festivaldeparintins.com.br ou www.bilheteriadigital.com. Pouco mais de 3.200 ingressos vão ser disponibilizados, e não há uma quantidade reservada para as vendas físicas. Assim, enquanto na modalidade online diversas pessoas compram ao mesmo tempo, na venda presencial ocorre um atendimento por vez, com “desvantagem” para a loja física na corrida contra o esgotamento dos bilhetes.

Segundo a presidente do Procon Manaus, Onilda Abreu, a Amazon Best, empresa responsável pelas vendas, não tem obrigação legal de reservar qualquer quantidade de bilhetes para a venda presencial na capital ou no interior.

Onilda Abreu, presidente do Procon Manaus, destacou que não há obrigação de reservar quantidade de bilhetes para venda presencial (Foto: Márcio Silva/A CRÍTICA)
(Foto: Márcio Silva)

“Fica a cargo da empresa. Ela decide de que forma vende os ingressos dentro daquilo que ela pode fazer e organizar. Inclusive, não destinar ingressos específicos para a venda presencial sequer configura infração pelo Código de Defesa do Consumidor”, disse Onilda Abreu.

FILA

Durante a manhã desta quarta-feira (31), cerca de 80 pessoas estavam acampadas em frente à sede da Amazon Best, em Manaus. Todas no aguardo pelo início das vendas. O diretor-presidente da empresa, Valdo Garcia, afirmou que a recomendação é para que os consumidores deem preferência à venda online.

“Há diversas pessoas na fila presencial, mas isso não é garantia de que elas vão conseguir comprar uma vez que a venda aqui é de um por vez, ou seja, mais lenta. O ideal é que elas se cadastrem nos sites e façam a compra por lá porque a demanda é muito alta e não temos como controlar (o andamento da venda online)”, explicou Garcia.

Valdo Garcia, diretor-presidente da Amazon Best, recomendou aos consumidores que busquem a venda online (Foto: Márcio Silva/A CRÍTICA)
(Foto: Márcio Silva)

O diretor-presidente também afirmou que o Festival Folclórico de Parintins é grandioso demais para os limites físicos atuais do bumbódromo. Segundo ele, o local abriga 13.500 espectadores entre pagantes e as Galeras de Caprichoso e Garantido, que acessam o maior segmento da arena gratuitamente durante as três noites de festa.

“Se tivéssemos 20 mil ingressos para venda, eles se esgotariam tão rápido quanto se esgotaram ano passado e se esgotarão neste ano. A ideia é que o Governo do Estado consiga ampliar o bumbódromo nos próximos dois anos”, opinou Valdo Garcia.

ESPERANÇA

Quem estava na fila do lado de fora da sede da Amazon Best em Manaus recebeu a notícia de que nem todos ali devem garantir o ingresso, mas isso não mudou o ânimo e nem afetou a esperança dos apaixonados pelo Boi-Bumbá.

“Quando a gente não consegue comprar ingresso, a gente fica na fila pra entrar na Galera. E lá, tendo ou não tendo vaga, não vamos embora (da fila). E aqui é o mesmo. Não vou embora!”, afirmou Daniele Nunes, uma das últimas torcedoras da fila hoje.

Criatividade: enquanto as vendas não iniciam, resta aos torcedores aguardar e gastar o tempo na fila para os ingressos (Foto: Márcio Silva/A CRÍTICA)
(Foto: Márcio Silva)

MUDANÇAS

Nesta quarta-feira, Amazon Best, Procon Amazonas, Procon Manaus e Ministério Público Estadual se reuniram para definir as recomendações de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre estas entidades. O motivo foi a denúncia de uma suposta venda casada dos ingressos para o festival este ano, já que o bilhete é único para as três noites de apresentação e não uma entrada individual por noite.

A promotora de justiça do Ministério Público do Amazonas, Sheila Andrade, explicou que a venda não se caracteriza como infração uma vez que se trata do mesmo evento (os temas de cada ano são apresentados por Caprichoso e Garantido em uma sequência que se completa a cada noite), porém, pontuou que a recomendação é individualizar os ingressos por noite a partir do ano que vem.

“Não há infração, nem entendemos como venda casada por se tratar de um único produto que é o Festival, mas viemos aqui para colher informações e definir como vamos atuar no próximo ano”, disse a promotora.

O diretor-presidente do Procon Amazonas, Jalil Fraxe, destacou que não há como definir todas as recomendações do TAC neste momento por causa da proximidade do Festival, mas disse que elas serão discutidas em setembro deste ano para execução em 2025. “Uma das situações que devem ser estudadas é a possibilidade de comercializar um ingresso por noite, de acordo com aquilo que for possível. Devemos assinar esse acordo após o festival deste ano”, disse Jalil.

 

*Fonte: A Crítica

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