O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica ao afirmar que a Amazônia foi “destruída” para a construção de uma estrada de quatro faixas no Pará. A declaração foi publicada no domingo (9) em sua rede social, a Truth Social, e acompanhada de um vídeo da emissora norte-americana Fox News, que está em Belém para a cobertura da COP30.
No vídeo, o correspondente da Fox e a âncora criticam o governo brasileiro e dizem que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, teria “se gabado” por cortar árvores para construir a rodovia. O canal conservador também questiona as “prioridades” do Brasil na preparação para o evento climático.
A publicação de Trump repercutiu rapidamente e foi rebatida pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Em resposta nas redes sociais, ele ironizou o comentário e convidou o presidente norte-americano a visitar Belém.
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“Em vez de falar de estradas, o presidente norte-americano deveria apontar caminhos contra as mudanças climáticas. Poderia celebrar a redução histórica do desmatamento da Amazônia – com destaque para o Pará, que obteve seu melhor resultado. Ou, no mínimo, seguir o exemplo do Governo do Brasil e investir mais de US$ 1 bilhão para salvar florestas no mundo. Ainda dá tempo de passar na COP30, presidente Trump. Esperamos você com um tacacá. É melhor agir do que postar”, disse o governador.
O Palácio do Planalto evitou entrar na polêmica e informou, por meio de nota, que a obra citada não é de responsabilidade do governo federal.
“A Secretaria Extraordinária para a COP30, vinculada à Casa Civil, esclarece que a construção da Avenida Liberdade, em Belém (PA), não faz parte do escopo de obras de infraestrutura da COP30”, informou o texto.

