Mais de 120 mil crianças de até 14 anos foram internadas no Brasil em 2024 vítimas de acidentes, o que representa uma média de 334 hospitalizações por dia, ou cerca de 14 por hora. Os dados são de um estudo da Aldeias Infantis SOS, organização global voltada à proteção de crianças, jovens e famílias.
O levantamento mostra que quedas permanecem como a principal causa de lesões não intencionais, respondendo por 45% dos casos, seguidas por queimaduras (19%) e acidentes de trânsito (10%). Em comparação a 2023, o total de internações de crianças e adolescentes cresceu 2,2%, com destaque para os casos de afogamento, que subiram 11,8%.
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A faixa etária mais atingida é de 10 a 14 anos, com 36% das internações, seguida por crianças de 5 a 9 anos (35%) e de 1 a 4 anos (23%). Bebês com menos de 1 ano representam 5% dos casos. Segundo Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS, a concentração de casos entre crianças de 5 a 14 anos se deve à maior autonomia e circulação desses grupos, que os expõe mais aos riscos.
O estudo também aponta que, em 2023, mais de 3 mil crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos morreram em decorrência de acidentes, um aumento de 5% em relação a 2022. Isso significa que cerca de nove crianças perdem a vida todos os dias no Brasil devido a acidentes que poderiam ser evitados em 90% dos casos. A principal causa de morte foi sufocação, responsável por 30% dos óbitos.

 

