25.3 C
Manaus
26/02/2025
Portal Castello Connection
Cidade

Ação busca alertar a população sobre os perigos de consumir carne ilegal

A campanha “Carne clandestina: saúde em risco” será realizada pela Adaf, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea).

Foto: Reprodução

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) lançou, nesta quinta-feira (29), uma campanha de combate à clandestinidade. A ação, que aconteceu em um supermercado que fica na Avenida Rodrigo Otávio, na zona sul de Manaus, e será estendida aos demais municípios do estado, tem como slogan “Carne clandestina: saúde em risco”, e busca alertar os amazonenses sobre os riscos do consumo de carne ilegal.

O supermercado foi escolhido para sediar a abertura da campanha por integrar a lista de 145 estabelecimentos com Serviço de Inspeção Estadual (SIE-AM) ativo, ou seja, está apto a vender carne regularizada e de acordo com as normas higiênico-sanitárias previstas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O diretor-presidente da Adaf, José Omena, destaca que o foco principal da campanha é o risco do consumo de carne clandestina para a saúde humana, mas a ilegalidade afeta outros pontos. “Não podemos esquecer que a clandestinidade tem impacto econômico e afeta diretamente o bem-estar dos animais, já que o abate não segue os mesmos protocolos adotados nos estabelecimentos certificados, causando desconforto e sofrimento para o animal”, pontuou.

A clandestinidade de produtos de origem animal, em especial a carne, está diretamente relacionada ao surgimento de quadros de intoxicação alimentar, verminoses e até zoonoses na população. Entre estas enfermidades estão: a Teníase, causada por parasitas como o Taenia saginata ou Taenia solium; a Brucelose, considerada uma doença grave; e a Tuberculose, doença crônica e de evolução lenta.

Para garantir a saúde da sua família, o consumidor deve estar atento à procedência dos alimentos que compra e leva à mesa. No Amazonas, a Adaf é o órgão responsável por registrar agroindústrias de produtos cárneos e certificar a carne que chega ao mercado estadual.

O trabalho inicia muito antes do produto ser fabricado. Isso porque o estabelecimento interessado em manipular alimentos de origem animal precisa submeter o projeto do seu empreendimento à autarquia, assim como ser aprovado em vistorias presenciais.

Obtido o selo de Serviço de Inspeção Estadual (SIE-AM), o estabelecimento tem o compromisso de seguir todas as normas higiênico-sanitárias previstas em lei e necessárias para disponibilizar produtos seguros para a saúde humana.

A campanha

A campanha “Carne clandestina: saúde em risco” será realizada pela Adaf, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), por meio de ações de educação sanitária junto aos consumidores, uso de banner, distribuição de folders informativos e fixação de cartazes nos estabelecimentos.

Nos escritórios da autarquia localizados fora da sede, os servidores percorrerão os estabelecimentos que comercializam produtos cárneos para conscientizar empresários e clientes sobre a importância da carne com selo de inspeção.

Aniversário da Adaf

Responsável por executar a política estadual de Defesa Agropecuária, visando à preservação do patrimônio animal e vegetal do Estado e a inocuidade e qualidade dos alimentos e produtos agropecuários, a Adaf completa, no dia 29 agosto, 12 anos de existência, celebrando conquistas importantes para o setor primário, como a certificação de estabelecimentos e o reforço do seu quadro de pessoal. A autarquia é vinculada à Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e foi criada pela Lei nº 3.801, de 29 de agosto de 2012.

No trabalho de inspeção, a Adaf chega aos 12 anos com 145 estabelecimentos de produção/beneficiamento de produtos de origem animal certificados junto ao Serviço Inspeção Estadual. Além da fiscalização de estabelecimentos de produtos de origem animal, a Adaf também atua em Barreiras de Vigilância Agropecuária (BVAs), que monitoram o trânsito de animais e vegetais no Estado, de forma a impedir a disseminação de doenças e manter os status sanitários do Amazonas.

Atualmente, há seis barreiras em funcionamento: Igapó Açu (Manicoré), Sucunduri (Apuí), Novo Aripuanã, Parintins, Humaitá e Jundiá (estrategicamente posicionada em Roraima, para impedir a chegada de produtos proibidos ao Amazonas).

Para dar conta dessas atividades, a Adaf realizou seu primeiro concurso em 2018, e a primeira convocação aconteceu em 2020, durante a pandemia de Covid-19.

Foram convocados, por meio de diversas nomeações, um total de 281 candidatos aprovados – número maior do que as 208 vagas previstas no edital. O resultado desse empenho também pode ser percebido na melhoria dos serviços prestados, como o atendimento remoto, implementado em 24 de janeiro de 2022, que disponibiliza vários serviços da Adaf pelo WhatsApp, facilitando a vida do produtor rural.

Até o momento essa modalidade de atendimento já foi solicitada 7.614 vezes. A principal demanda é emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório que permite a Adaf acompanhar a movimentação de animais, evitando assim a introdução de doenças que possam pôr em risco a população ou causar prejuízos aos produtores.

*Fonte: D24am

Relacionados

Aprovados em concurso da PM voltam a cobrar convocação na ALE

Redação

Incêndio em usina de energia deixa cidade sem luz, no interior do Amazonas

Redação

Mulher morre atropelada por ônibus a caminho do trabalho, em Manaus

Redação

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Leia mais