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Amarelinhos’ fazem greve por falta de pagamento; Prefeitura afirma estar ‘em dia’

Quase 260 microônibus se aglomeraram na avenida Autaz Mirim em protesto.

(Foto: Divulgação/IMMU)

A manhã desta sexta-feira (15) foi marcada por mais uma paralisação dos trabalhadores do transporte alternativo de Manaus, mais conhecido como “amarelinhos”. Ao todo, 258 ônibus paralisaram suas atividades em protesto a falta de repasses de verbas do Sinetram e da Prefeitura de Manaus

Segundo o presidente da Cooperativa de Transportes Alternativos (Cooptam), Vinicius Araújo, mais de 600 pessoas estão sendo prejudicadas com a falta do repasse de verbas referentes ao vale-transporte.

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O representante da categoria informou ainda que questionou o presidente do Sinetram sobre a ausência do repasse que também informou que não está recebendo os repasses por parte da prefeitura de Manaus.

“O fator principal dessa paralisação é a falta de repasse do Sinetram pra o transporte alternativo. Estamos há três semanas sem receber esse repasse. Da um valor de R$ 650 mil por semana para os 259 veículos. Então três semanas da mais ou menos R$ 1,9 milhão”, contou o trabalhador do transporte alternativo.

 

“Procuramos o presidente do Sinetram e falamos a respeito da situação que muitos estavam sem condições de continuar trabalhando porque estava acabando o diesel. Se ele podia adiantar uma parcela. Ele nos disse que estava abastecendo os ônibus dele [de empresas do Sinetram] porque a prefeitura está devendo um subsídio de R$ 55 milhões. Isso é problema dele com a prefeitura. O nosso é recebido à vista. Os empresários pagam à vista. Não temos nada a ver com o Sinetram” , acrescentou Araújo.

Sem previsão de normalizar

Questionado se há previsão de normalizar as atividades do transporte alternativo, tendo em vista que este é principal meio de transporte para moradores da Zona Leste de Manaus, o presidente da Cooptam ressaltou que não há previsão justamente pela falta do combustível.

“Nem se nós quiséssemos voltar a trabalhar, conseguiríamos. As cooperativas não tem diesel. Os ônibus estão todos parados porque estão sem diesel. Os ônibus que estavam rodando paravam nos postos e colavam R$ 40, R$ 50 para continuar rodando. Mas chega uma hora que não tem como. Precisamos que as autoridades, o prefeito, Paulo Henrique [diretor-presidente do IMMU], o Sinetram, alguém tem que tomar uma providência e fazer esse repasse para que a gente volte a normalizar a situação do transporte na Zona Leste de Manaus”, ressaltou o representante da categoria dos Amarelinhos.

Outros repasses

Outro representante de outra cooperativa que também aderiu à paralisação relatou que os repasses de verbas relacionadas ao vale-estudantil e a passagem gratuita também não estão acontecendo.

“De dois em dois meses nós recebemos. Mas o Dr. Paulo nos informou que só tinha dinheiro pra pagar a gente até outubro. Mas, nós estamos precisando de novembro e dezembro. Não temos condições que é da onde vem nossa renda. Todos precisam fazer manutenções nos carros, pagar seus colaboradores, auxiliares. A cooperativa está praticamente fechada porque não temos recursos para alavancar esse dinheiro” , acrescentou Luciano, representante da Cooperativa Manaós.

Até às 11h desta sexta-feira (15), 258 ônibus de pelo menos sete cooperativas de transporte alternativo seguem paralisadas.

Prefeitura nega

Em nota encaminhada à imprensa, a prefeitura de Manaus informou que as alegações dos trabalhadores sobre ausência de pagamentos são falsas.

“São inverídicos os vídeos e publicações distribuídos nas redes informando que a administração municipal está em débito com as cooperativas do sistema de transporte alternativo. Na última terça-feira, 12/12, foram pagos R$ 1.564.338,20 aos permissionários. O acumulado do repasse feito pela prefeitura ao sistema no ano chegou ao valor de R$ 7.476.689,50”, descreve a nota.

O IMMU reforçou ainda que até o momento, “todos os pagamentos estão em dia”. Já o repasse do mês de novembro está atualmente em processo de cálculo.

“Vale ressaltar que é padrão os pagamentos serem efetuados no mês subsequente ao anterior, portanto, não há atrasos pendentes”, acrescentou o órgão.

Além disso, a prefeitura de Manaus informou que Paralelo tem adotado medidas para melhorar o atual sistema alternativo, “cujos micro-ônibus são alvos de reclamações por parte dos usuários de transporte da capital”, disse.

 

*Fonte: A Crítica

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