O Amazonas encerrou os oito primeiros meses de 2025 com redução nos casos de feminicídio, alcançando a menor taxa do país, 0,32 para cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), entre janeiro e agosto foram registrados 12 feminicídios, contra 19 no mesmo período de 2024. Em Manaus, a queda foi ainda maior: de 12 para 4 casos.
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O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, atribuiu o resultado ao trabalho integrado das forças de segurança.
“Esses números são resultado do empenho da equipe da Delegacia de Homicídios e da integração com a PMAM e outras delegacias, além do apoio da SSP-AM com tecnologias e informações. Esse conjunto de ações foi essencial para a redução”, destacou.
Ele também ressaltou a atuação do Núcleo de Feminicídio (NFC), criado para dar respostas rápidas e garantir a responsabilização dos autores.
“Esse núcleo é específico para o enfrentamento do feminicídio. Temos 100% de identificação e prisão dos suspeitos, todos responsabilizados conforme a lei”, afirmou.
Na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), o acolhimento é a porta de entrada. As vítimas recebem apoio psicológico e encaminhamento imediato para medidas legais. A delegada Nathalia Oliveira, da unidade da Zona Norte, explica:
“A vítima é recebida, ouvida e, se necessário, encaminhada ao Sistema de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem), que oferece atendimento psicológico. A partir daí, adotamos os procedimentos cabíveis”.
Outro eixo de apoio é a Ronda Maria da Penha (RMP), da Polícia Militar, que acompanha mulheres com medidas protetivas, realizando visitas periódicas e atendimento emergencial.
A major Priscila Alencar, responsável pela RMP, enfatiza que o acompanhamento constante é um dos motivos da redução dos crimes:
“Tivemos uma queda expressiva e comemoramos entre as mulheres assistidas o fato de termos zero feminicídios nesse grupo. Estamos presentes de forma contínua, seja por visitas, ligações ou atendimentos solidários”.

