A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, na quinta-feira (16), a suspensão imediata da fabricação, comercialização, importação, divulgação, distribuição e consumo de vários suplementos e produtos alimentícios encontrados de forma irregular no mercado brasileiro.
Entre os itens proibidos estão todos os suplementos da marca Angry Supplements, fabricados por uma empresa de origem desconhecida e comercializados em grandes sites de venda online.
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De acordo com a Anvisa, esses produtos não possuem registro no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e não seguem as exigências mínimas de rotulagem, como informações em português, lista de ingredientes, dados nutricionais e identificação do fabricante ou importador legalizado no país.
Outro item alvo da fiscalização é o Impossible Sugar Veganutris, um “mix de adoçantes” produzido pela empresa Rubali Alimentos. A agência ordenou o recolhimento do produto do mercado após constatar que, embora alegue ser “zero açúcar”, sua tabela nutricional revela a presença de 3,9g de açúcares a cada 100g. Além disso, a fórmula inclui inulina, substância não aprovada para uso em adoçantes de mesa, e apresenta falhas graves de rotulagem, como ausência de instruções de uso e denominação correta do produto.
A Anvisa também suspendeu todos os produtos da empresa Jane Alves Shape Caps, determinando sua apreensão. A proibição abrange os seguintes suplementos:
- Shape Turbo (todos os lotes)
- Shape Caps (todos os lotes)
- Detox Bitlife (todos os lotes)
- Black Turbo – marca Bitlife (todos os lotes)
- Desejo Turbo Feminino – marca Bitlife (todos os lotes)
- Desejo Turbo Masculino – marca Bitlife (todos os lotes)
Segundo a agência, esses itens estão sendo comercializados sem qualquer tipo de registro, notificação ou cadastro, e são fabricados por uma empresa não identificada.
Também foi proibida a circulação do produto Tirzepatida T.G.5, cuja fabricação e origem não foram esclarecidas. Inspirado na substância ativa da medicação Mounjaro — utilizada no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2 —, o produto está sendo promovido ilegalmente, sem qualquer autorização sanitária. A Anvisa determinou o recolhimento de todos os lotes disponíveis no mercado.
Atualmente, apenas a farmacêutica Eli Lilly possui autorização para comercializar a tirzepatida no Brasil. O comércio paralelo dessa substância é considerado pelas autoridades de saúde como uma infração sanitária grave.

