Portal Castello Connection
Cidade

Ato contra anistia de envolvidos no 8 de janeiro, escala 6×1 e PEC do Estupro é realizada em Manaus

Grupo também protestou contra a conhecida 'PEC do Estupro'. Organizado pelo Fórum Unidade na Luta do Amazonas, o ato foi realizado na praça da Matriz.

Foto: Paulo Bindá

Movimentos sociais realizaram um ato público no Centro, zona Centro-Sul de Manaus, nesta terça-feira (10) contra a anistia dos envolvidos no atentado do dia 8 de janeiro em Brasília (DF), jornada de trabalho 6×1 e também contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 164/2012, conhecida como PEC do Estupro, que propõe incluir a expressão “desde a concepção” na inviolabilidade do direito à vida para garantir proteção ao embrião e ao feto, como se fossem nascidos vivos.

Organizado pelo Fórum Unidade na Luta do Amazonas, o ato começou, às 16h30, na praça da Matriz com palavras de ordem de “criança não é mãe e estuprador não é pai” e “escala 6×1 é escravidão”. Para em seguida os manifestantes com cartazes e bandeiras subirem pela avenida Eduardo Ribeiro. Eriana Azevedo, coordenadora estadual do União Brasileira de Mulheres (UNB) criticou a PEC do Estupro.

Acompanhe nosso 📌 Canal no WhatsApp

“E algo esdrúxulo legislar sobre os corpos das mulheres e que coloca em risco principalmente a vida de meninas. Estamos em um Estado onde existe um número enorme de estupros de vulneráveis que, no final, sabemos que acabarão sofrendo com essa legislação caso passe” , disse Azevedo.

A PEC 164/2012 foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados e agora segue para uma comissão especial antes de ir ao Plenário da Câmara.

A UBM também defende o fim da escala 6×1, texto proposto pela deputada federal Erika Hilton (PSOL).

“Ter apenas um dia de folga para uma mulher que ainda tem a tripla jornada de trabalho não é justo. Para a gente ainda fica o cuidado com o lar, ensino dos filhos e o cuidado de familiares doentes. Hoje, para além da questão da anistia, nós do movimento de mulheres entendemos que é urgente essas questões que tratam da vida da mulher e tocam diretamente o nosso estado” , pontuou Eriana.

 

Marilia Freire, presidente do Humaniza Coletivo Feminino do Amazonas, destacou que o dia 10 de dezembro é o Dia Internacional dos Direitos Humanos e as pautas do ato são voltadas para esses direitos. “Moramos em um estado em que pessoas daqui. inclusive, estavam envolvidas no ato do dia 8 de janeiro, incluindo, forças militares. A ‘escala 6×1’ é uma questão de saúde do trabalhador fisica, mental e dignidade. Estamos no meio do comércio de Manaus onde muitos trabalham na escala 6×1”.

Freire também criticou a PEC 164/2012. “Diz respeito aos direitos sexuais e reprodutivos que não são garantidos no Amazonas. Não temos, por exemplo, no interior do Estado, municípios que tenham o serviço de aborto legal. E isso precisa ser ampliado. E na contramão da PEC vem tentando acabar com as possibilidades legais já existentes. Essa PEC afronta e atinge meninas e mulheres de todo o Brasil”, disse a presidente.

*Fonte: Acrítica

Relacionados

Briga entre passageiro e motociclista por aplicativo viraliza em Manaus

Ingrid Galvão

Conexão Onda celebra um ano com convidados especiais e retrospectiva ao vivo

Ingrid Galvão

Dupla em moto rende jovem e leva celular no Jorge Teixeira

Ingrid Galvão

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Leia mais