Nesta semana, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe de volta a cobrança do IOF — Imposto sobre Operações Financeiras — em uma série de transações que afetam diretamente o dia a dia do cidadão comum. O imposto, que havia sido parcialmente suspenso por decisão anterior, voltou a ser aplicado com força total, devendo gerar R$ 11,5 bilhões em receitas ao governo federal. Mas o que isso realmente significa para o seu bolso?
O IOF incide sobre operações como empréstimos, financiamentos, uso do cartão de crédito internacional, câmbio, seguros e até investimentos. Com a decisão recente, muitas dessas operações ficaram mais caras. Na prática, quem precisa fazer um empréstimo pessoal, financiar um bem, parcelar uma compra ou até viajar ao exterior usando o cartão de crédito, vai sentir o impacto imediato do aumento do imposto. O dinheiro que antes poderia ser direcionado a outras necessidades básicas agora será absorvido por um custo adicional invisível, porém real.
Esse aumento atinge em cheio especialmente as famílias mais endividadas ou com pouca reserva financeira. Isso porque são justamente essas pessoas que mais recorrem ao crédito rotativo, ao cheque especial ou aos financiamentos de longo prazo — todos impactados pela cobrança mais pesada do IOF. Em outras palavras, quem já está no limite, pode acabar pagando ainda mais juros e taxas, dificultando o controle financeiro e até levando ao endividamento crônico.
Diante desse cenário, é fundamental redobrar os cuidados com as finanças pessoais. A primeira atitude é evitar ao máximo o uso de crédito para despesas não essenciais. Se possível, priorize o pagamento à vista, renegocie dívidas com juros menores e adie gastos que possam ser programados. No caso de viagens internacionais ou compras em moeda estrangeira, é importante planejar com antecedência e considerar formas de pagamento menos impactadas pelo IOF, como o uso de cartões pré-pagos ou transferências via remessas internacionais com menor tributação.
É essencial lembrar que o planejamento financeiro é a melhor defesa contra decisões econômicas que fogem ao nosso controle. O aumento do IOF é mais um sinal de que precisamos estar atentos à forma como usamos nosso dinheiro. Organizar as finanças, repensar hábitos de consumo e buscar conhecimento sobre educação financeira são passos fundamentais para atravessar momentos de incerteza econômica com mais segurança e menos prejuízos.