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Caso Davi Lucas: pai e madrasta vão a júri após tortura e agressões, em Manaus

O caso ganhou repercussão já que após as agressões a criança ficou em estado vegetativo desde junho de 2022.

Foto: Reprodução

O casal Clayton Augusto Souza do Carmo e Beatriz Rodrigues Matos serão julgados, nesta terça-feira (10), pelo crime de maus-tratos contra o pequeno Davi Lucas, em Manaus. Clayton é o pai do menino e Beatriz a madrasta. O caso ganhou repercussão já que após as agressões a criança ficou em estado vegetativo desde junho de 2022.

A mãe de Davi compartilhou nas suas redes sociais que o casal vai à júri popular no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis. Após o crime, tanto pai como a madrasta ficaram foragidos e foram presos em um ramal nas proximidades da rodovia AM-070, no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus).

Na época das agressões, a delegada Joyce Coelho, que era titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), explicou que Davi sofreu uma tentativa de homicídio por parte da madrasta.

Crime

Conforme a delegada Joyce Coelho, a investigação em torno do caso começou em maio de 2022, quando a unidade policial recebeu um Boletim de Ocorrência (BO) noticiando que a criança havia sofrido maus-tratos após passar um fim de semana na casa do autor.

“A criança relatou para a mãe que a madrasta pisava na barriga dele, e o corrigia agredindo com cinto e ripa. As agressões ocorriam sempre quando o pai estava fora de casa. Nós fizemos esse BO tipificando inicialmente como maus-tratos, no entanto, a questão da violência que acontecia dentro de casa foi ficando cada vez mais complexa”, contou a delegada.

Mesmo já instaurada a primeira investigação de maus-tratos, a criança retornou no dia 3 de junho para novamente passar uns dias na casa do genitor e deveria retornar para a residência da mãe no dia 5 do mesmo mês, mas nesse período aconteceu o primeiro episódio grave de violência. O menino teria engolido uma moeda, que foi expelida com bastante sangue.

Pelo fato da criança passar mal, ela foi levada ao pronto-socorro. No entanto, o genitor omitiu esse fato da mãe e não devolveu a criança na data marcada.

Alguns dias depois, o menino desfaleceu e foi levado a uma unidade hospitalar já em parada cardiorrespiratória. A madrasta relatou que ele teria caído, estava roxo e sem respirar.

Posteriormente, ficou constatado que a demora para levá-lo ao hospital foi responsável pelas sequelas que ele ficou. A partir desse momento, a criança foi reanimada e entubada, após isso ficou na UTI.

No dia 14 de junho de 2022, a Depca recebeu um novo BO dando notícia de que o socorro havia demorado e que o menino estava sozinho com a madrasta.

Também foi mencionado que haviam retirado outro objeto semelhante a uma tampa de pasta de dente da via respiratória dele, além do mesmo apresentar hematomas em diversas partes do corpo.

Posteriormente, em escuta especializada, um outro menino que é irmão da vítima, contou que presenciou as agressões e relatou também sofrer maus-tratos pela madrasta.

Baseado nisso, foi representada à Justiça pela prisão temporária do casal, a madrasta pela ação e o pai pela omissão, tipificando esse delito como tortura.

*Fonte: D24am

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