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Saúde

Casos de sífilis em jovens preocupam autoridades de saúde em Manaus

Os números chamam atenção pelo aumento significativo de infecções entre os jovens de 15 a 29 anos, grupo que contabilizou 1.287 casos de janeiro até 10 de outubro.

(Foto: Reprodução/internet)

Manaus registrou 2.479 casos de sífilis adquirida em 2025, sendo que a maior parte das notificações (63,7%) ocorreu em pessoas entre 20 e 39 anos. Os números chamam atenção pelo aumento significativo de infecções entre os jovens de 15 a 29 anos, grupo que contabilizou 1.287 casos de janeiro até 10 de outubro.

A análise da série histórica mostra que, entre 2020 e 2024, houve um crescimento médio anual de 8,5% nesse grupo etário, com oscilações nos últimos anos: alta até 2022, queda em 2023 e novo aumento em 2024. Segundo a enfermeira Ylara Enmily Costa, técnica do Núcleo de Controle de HIV/Aids, ISTs e Hepatites Virais da Semsa, o comportamento sexual da população jovem contribui para a disseminação da doença.

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“Um dos principais problemas é a baixa adesão ao uso do preservativo entre adolescentes e jovens adultos. Além disso, início precoce da vida sexual, múltiplas parcerias e uso de álcool e outras substâncias aumentam o risco de infecção”, afirma.

Entre idosos, a orientação é realizar teste rápido anual, já que muitos deixam de ser avaliados por se supor que não têm vida sexual ativa, mas continuam suscetíveis à doença.

Em 2025, a cidade também registrou 1.637 casos de sífilis em gestantes e 222 casos de sífilis congênita, quando há transmissão da mãe para o bebê. A sífilis congênita pode causar aborto espontâneo, parto prematuro, malformações, cegueira, surdez e morte do recém-nascido, reforçando a importância do pré-natal e do acompanhamento médico.

Entre janeiro e agosto de 2025, foram realizados 96 mil testes para sífilis em Manaus, sendo 26 mil voltados para gestantes e suas parcerias. A rede municipal oferece tratamento e medicação gratuitos, além de preservativos e informações sobre práticas sexuais seguras durante todo o ano.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida em relações sexuais sem preservativo. Na fase inicial, o principal sintoma é uma ferida que surge em até 90 dias após a contaminação. Em fases avançadas, podem aparecer lesões ósseas, neurológicas e cardiovasculares, podendo levar à morte se não tratada adequadamente.

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