O ex-governador do Amazonas, José Melo, 77 anos, acredita que a cassação do próprio mandato ocorrida no ano de 2017, foi uma manobra política de retaliação após ele ter reduzido custos de contratos do Estado do Amazonas com empresas.
Melo relembrou o episódio, incluindo a prisão meses depois, em entrevista exclusiva ao programa Nosso Encontro, com Baby Rizzato. A edição vai ao ar no próximo domingo (28), às 20h (horário de Manaus). Também haverá reprise na sexta-feira (2), às 21h.
“Tirei as gorduras de dentro do Estado. Por exemplo, eu tinha um contrato de R$ 5 milhões e reduzi para R$ 1,2 milhão. Com isso, eu equilibrei o Estado e fiquei entre os três estados brasileiros com maior equilíbrio fiscal, mas, em contrapartida, consegui muitos inimigos, porque R$ 780 milhões por ano é quase R$ 1 bilhão”, disse.
Na entrevista à Baby Rizzato, Melo também falou sobre a vida pessoal, participação em futuras eleições, conjuntura da política brasileira, meio ambiente e BR-319. Além do sinal de televisão, a entrevista também será transmitida ao vivo no YouTube.
Relembre
A cassação de José Melo e do seu vice, Henrique Oliveira, foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral em janeiro de 2017. Meses antes, em fevereiro de 2016, o Tribunal Regional Superior Eleitoral (TRE-AM) já havia decidido pela cassação.
José Melo foi acusado de compra de votos por meio de uma assessora, Nair Blair, flagrada dentro do comitê de campanha com R$ 7,7 mil, além de recibos e uma planilha que mostravam a destinação de dinheiro para eleitores.
A ação de cassação foi proposta pela coligação adversária “Renovação e Experiência”, que tinha como candidato o senador Eduardo Braga (MDB), derrotado no segundo turno do pleito de 2014 e na eleição suplementar realizada após a confirmação da cassação de Melo.
*Fonte: Acrítica