O advogado de defesa do casal Nonato Machado e Jussana Machado, Arthur Ponte, afirmou que o disparo dado pela suspeita contra o advogado Ygor de Menezes, na sexta-feira (18), foi acidental. Em entrevista, na manhã desta segunda-feira (21), ele disse que Jussana nega que o disparo de arma de fogo dado contra a vítima tenha sido intencional.
“Houve uma agressão. Isso não tem justificativa e ela reconhece que houve uma violência. A defesa não refuta isso, o que a defesa refuta é que tenha havido qualquer espécie de disparo intencional de arma de fogo”, disse ele, que analisa as imagens gravadas no momento do caso.
“Se você vir o vídeo com bastante calma, se vê que o marido entrega a arma para ela. Ele se engaja numa luta corporal com o dr. Ygor, a vítima do caso. E aparece um terceiro, um funcionário do condomínio para retirar ele de cima do advogado”, explica.
“E no momento em que esse funcionário aparece e puxa ele (Nonato Machado), a dona Jussana está atrás e quando ele é puxado, ele (Nonato Machado) bate com a mão esquerda bem em cima da arma dela e é isso que provoca o disparo. Então o disparo de arma de fogo, que aconteceu, foi acidental. Em relação, as outras questões de agressões, ela vai responder, ela não nega a responsabilidade dela”.
O advogado Arthur Ponte disse ainda que trabalhará para que Jussana responda pelo crime em liberdade. Ele afirma que um novo endereço de moradia está sendo providenciado para que Jussana fique longe da vítima.
“Nós estamos providenciando um outro endereço para que ela possa ficar longe da vítima e nesse novo endereço, com o marido dela preso, ela possa responder o processo em liberdade. Isso foi um fato isolado na vida dela, ela não é nenhuma assassina e nenhuma criminosa profissional. Ela foi uma pessoa que praticou um fato grave e como todo mundo que erra, ela merece uma segunda chance”, disse o advogado de defesa do casal.
Em relação ao investigador Nonato Machado, Arthur Ponte destaca que aguardará o fim do inquérito policial para dar os próximos passos. O investigador segue preso na Delegacia Geral do Amazonas, na zona Oeste de Manaus. “Nós não iremos pedir a revogação de prisão dele, enquanto não concluir o inquérito policial”, comentou.
Sobre a motivação das agressões contra a babá, ele disse que o casal já tinha algum desentendimento com ela. “O motivo da briga foi uma discussão, uma picuinha de condomínio que havia entre ela (Jussana) e a babá. Pequenas discussões que culminaram no que aconteceu. Mas deixo bem claro, que isso não justifica o que aconteceu”, finalizou o advogado.
*Fonte: A Crítica