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18/06/2025
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Delegado de Carauari é preso e transferido para Manaus após polêmica

O juiz atribuiu ao delegado os crimes de "desacato, injúria, calúnia, desobediência a ordem judicial, abolição violenta do estado democrático de direito e obstrução ao livre exercício da atividade judiciaria".

Foto: reprodução

O juiz da Comarca Município de Carauari (a 787 quilômetros de Manaus) Jânio Tutomu Takeda decretou, na tarde desta quinta-feira (9), a prisão preventiva do delegado Régis Celeghini, titular da 65ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP).

Pela manhã o delegado trabalhou normalmente na delegacia e a tarde foi alvo do cumprimento do mandado de prisão. Celeghini deixou a delegacia algemado, indo direto para o aeroporto, onde embarcou para Manaus. Ele ficará preso na unidade do grupo Fera.

Em sua decisão, Jânio Tutomu Takeda atribuiu ao delegado os crimes de “desacato, injúria, calúnia, desobediência a ordem judicial, abolição violenta do estado democrático de direito e obstrução ao livre exercício da atividade judiciaria”.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, o crime de abolição violenta do estado democrático de direito tem pena prevista de 4 a 8 anos de reclusão.

A prisão do delegado foi confirmada pelo Delegado Geral da Polícia Civil do Amazonas, Bruno Fraga.

 

“Ficamos sabendo agora a tarde e estamos  sem comunicação com Carauari“, disse Fraga.

Inspeção termina em prisão

Juiz Jânio Tutomu Takeda foi quem determinou a prisão do delegado Régis Celeghini (Foto: Reprodução)
Foto: reprodução

Tudo começou durante inspeção judicial, comandada pelo magistrado, na delegacia de Carauari, na terça-feira (6) O delegado então iniciou uma filmagem e em seguida disse que o havia denunciado o Jânio Tutomu Takeda junto ao Ministério Publico por situações que, para ele, configuram crimes. Foi então que o magistrado deu voz de prisão a Régis Celeghini, com o mandando de prisão saindo apenas nesta quinta-feira.

Na denúncia encaminhada ao MP, o delegado relata que em dezembro de 2023 chegou à cidade de Carauari e começou a realizar a transição para assumir o DIP do município. Em 2 de janeiro deste ano, ele realizou uma inspeção nos locais de abrigamento de presos e carceragens anexas à Delegacia e durante a ação teria encontrado um preso portando um celular.

Ao ser questionar o detento, o delegado teria ouvido que o apenado prestava serviços na casa do magistrado e que o mesmo teria recebido ordem para que continuasse com o celular, a fim de atender os chamados do magistrado.

Em nota oficial, o corregedor-geral do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Jomar Fernandes, determinou de imediato a instauração de procedimento administrativo preliminar de apuração no sistema PJECOR, a fim de investigar os fatos em questão e a ocorrência de eventual infração disciplinar.

Os autos da denúncia já se encontram cadastrados no sistema PJECOR, porém tramitam sob sigilo.

*Fonte:  A Crítica

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