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31/05/2025
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Política

Deputado aparece com bebê reborn na Câmara e critica uso do SUS para “abençoar objetos de silicone”

Durante o discurso, o parlamentar defendeu o direito de adultos e crianças brincarem com bonecas reborn, desde que isso não interfira em questões religiosas ou demandas do sistema público de saúde.

O plenário da Câmara dos Deputados teve uma cena inusitada nesta terça-feira (20/05), quando o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) subiu à tribuna com um bebê reborn no colo e acessórios como mamadeira, bolsa e roupinhas infantis.

Durante o discurso, o parlamentar defendeu o direito de adultos e crianças brincarem com bonecas reborn, desde que isso não interfira em questões religiosas ou demandas do sistema público de saúde.

“Se alguém cria um bebê reborn, compra roupinha, dá mamadeira, faz chá de fralda, faz gastos com esses bonecos de silicone, sem querer importunar o SUS, padres e pastores, para inclusive ter que abençoar seus objetos de silicone, que tenham e brinquem com seus bonecos, não é pecado”, declarou o deputado.

Isidório aproveitou o momento para fazer um apelo em prol das crianças em situação de vulnerabilidade no Brasil. “Não devemos esquecer das nossas crianças de carne e osso, que têm espírito e alma, e na maioria das vezes estão abandonadas”, afirmou.

Ao final do pronunciamento, em tom bem-humorado, o deputado brincou com a encenação: “Inclusive, a minha neta está querendo ser agora deputada federal. Por falar nisso, parece que fez ‘pipi’ aqui”, disse, antes de deixar o plenário.

Veja o vídeo:

O caso do bebê reborn repercutiu bastante nas últimas semanas, especialmente após ganhar espaço nas redes sociais e no debate público. O tema envolve discussões sobre o uso dessas bonecas de silicone como ferramentas pedagógicas ou objetos de afeto, principalmente em contextos familiares e escolares.

No Congresso, tramita um projeto de lei de autoria do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil-GO) que propõe tipificar como infração administrativa o uso desses bonecos para obter benefícios destinados a crianças de colo, como atendimento preferencial em unidades de saúde ou uso de assentos preferenciais. A proposta prevê multa que pode variar de cinco a 20 salários mínimos, com possibilidade de dobrar em caso de reincidência. Além disso, outros projetos de lei estão sendo discutidos para regulamentar o uso desses objetos, incluindo propostas que visam proibir o atendimento de bebês reborn em hospitais e oferecer acolhimento psicossocial para pessoas que desenvolvem vínculos afetivos intensos com esses bonecos.

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