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26/02/2025
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Deputado do Amazonas repudia o livro ‘O Avesso da Pele’ por linguagem imprópria

João Luiz usou o tempo na tribuna para criticar a obra e pedir que a Secretaria de Educação do Amazonas não solicite o livro. Segundo ele, o livro destinado ao Ensino Médio pode "induzir as crianças ao sexo explícito".

Foto: YouTube/Reprodução/Aleam

O deputado João Luiz (Republicanos) usou o tempo de discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta terça-feira, (5) para repercutir uma postagem que denuncia o livro “O Avesso da Pele”, como impróprio para alunos do Ensino Médio por segundo ele, “induzir as crianças ao sexo explícito”.

“Esse livro (…) está adentrando em algumas escolas País à fora e nós estamos aqui alertando, para que esse livro não seja em hipótese alguma [incluido no plano de solicitações de livros do Amazonas]. Esse livro tem as narrativas que induz (sic) as crianças ao sexo explícito, induz as crianças precocemente. É um linguajar baixo, um linguajar chulo, um linguajar que eu acredito que todos os pais não falem, em hipótese nenhuma com seus filhos dentro de casa”, explicou.

 

O parlamentar afirma ainda que a obra “ensina como uma criança deve se relacionar sexualmente” e que fará uma solicitação formal à Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc) para que não adquira exemplares da obra com o Ministério da Educação (MEC).

Sobre o livro

O livro “O Avesso da Pele” é de autoria do escrito Jeferson Tenório e foi aprovado para uso no Ensino Médio pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) na gestão de Jair Bolsonaro (PL), por meio de portaria em 2022, após convocação em edital de 2019.  Cada escola é rensável por escolher quais obras vão receber do PNLD.

O Avesso da Pele foi publicado em 2020 pela Companhia das Letras e foi considerado o melhor romance pelo Prêmio Jabuti em 2021. A editora descreve o livro como um romance sobre identidade e as complexas relações raciais, sobre violência e negritude.

A postagem 

Um viral mostrado em partes por João Luiz na Aleam, se trata de um vídeo que mostra um homem do Rio Grande do Sul, reclamando or ter recebido do governo federal exemplares do livro “O Avesso da Pele”, via MEC.

“Eu queria que vocês acompanhassem o que o PT pretende com a educação dos nossos filhos e dos nossos netos”. São lidos alguns trechos da obra com descrição de atos sexuais.

 

Assim como na postagem, João Luiz também exibiu trechos do livro sem contexto. Na obra, eles aparecem na terceira parte do capítulo “A pele” e detalham a intimidade do protagonista com sua primeira namorada.

O autor do livro afirma que a narrativa não se centra em temas de sexualidade de forma gratuita.

“A inclusão de linguagem vulgar e cenas de natureza sexual é intencional, refletindo os efeitos do racismo nas vidas das personagens e como a sociedade as percebe. Entendo que há uma má fé das pessoas em pinçar justamente esses trechos, colocando-os de modo descontextualizado e insinuando que o livro é sobre sexo para crianças, o que não é verdade,” explicou.

*Fonte: Acrítica

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